Louvores e Hinos
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Mateus 1. 18-20 - Nasce Jesus!


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Mt. 1. 1-17 - Genealogia: Graça e Providência


Propaganda Série de Mateus


terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Por que pregar no Evangelho de Mateus?


1 Coríntios se despede... Mateus está chegando!


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
1 Cor. 16. 5-12 - Lições de uma despedida (Parte 1)


domingo, 27 de novembro de 2011
1 Cor. 16. 1-4 - Princípios Básicos para Ofertar


segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Ec. 12. 9-14 - O Caminho para uma vida feliz


segunda-feira, 14 de novembro de 2011
1 Cor. 15. 35-58 - O corpo para ocasião certa


domingo, 13 de novembro de 2011
Jesus, a Tentação no Deserto e o Jejum
Jejuar é isso: estar disposto à morte se não sentirmos a presença real de Deus. É abrir mão daquilo que é essencial, para dizer, com gestos e atitudes: Deus, tu és melhor que a comida ou bebida. Minha alma tem sede de ti. Tu és minhas delícias eternamente! Tua graça e presença me bastam.
Não só de pão viverá o homem, mas toda a Palavra que procede da boca de Deus!
Jejum é dizer sem palavras que estamos tão insatisfeitos sem a presença de Jesus, que abrimos mão de tudo, inclusive daquilo que nos sustenta, para manifestar esta insatisfação.
Você pode, segundo o princípio do Jejum, dedicar-se a Deus retirando aquilo que lhe dá prazer, como quem diz ao Senhor que seu prazer está na Sua lei, e nela você medita dia e noite. Você pode se privar daquilo que gosta em devoção a Deus, consagrando-se em santidade ao Senhor. Mas só será Jejum quando você abrir mão de algo vital, sem o qual a vida não é possível, como o alimento. Aí você terá feito jejum, aí você terá dito que a Palavra de Deus é o seu alimento, e esta lhe desce pela boca doce ao paladar, como um dia o disse Ezequiel.
Deus abençoe!


segunda-feira, 7 de novembro de 2011
1 Cor. 15. 20-34 - Ressurreição, Esperança e Glória


quinta-feira, 3 de novembro de 2011
1 Cor. 15 1-11 - O Evangelho de um Cristo vivo


quarta-feira, 19 de outubro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
Dom de línguas: Entender é preciso!


1 Co. 14. 13-25 - É Proibido não Pensar!


sábado, 8 de outubro de 2011
Congresso Fiel – o que aprendemos


quarta-feira, 6 de julho de 2011
1 Cor. 11. 2-16 - Graça e Glória Reveladas no Culto


sexta-feira, 1 de julho de 2011
Ex. 18. 21 - O caráter de um Homem Forte


1 Cor. 10. 23 - 11.1 - O uso correto da liberdade cristã


quinta-feira, 16 de junho de 2011
II João 1. 1-3 - Verdade e amor produzidos pela verdade


terça-feira, 7 de junho de 2011
Rute 2 e 3 - Caráter que faz Diferença - Pr. Samuel Vitalino


Rute 4 - O verdadeiro final feliz - Pr. Samuel Vitalino


domingo, 29 de maio de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
sexta-feira, 13 de maio de 2011
1 Cor. 10. 1-6 - A Catastrofe da Cobiça


quarta-feira, 11 de maio de 2011
Avaliação das Teorias da Psicologia - Pr. Airton Moura


Perguntas e Respostas - Pr. Airton Moura


terça-feira, 3 de maio de 2011
1 Co. 9. 19-27 - Escravo do senhor e não dos direitos


quinta-feira, 28 de abril de 2011
1 Cor. 9. 3-18 - Direito de Sustento Pastoral


quinta-feira, 21 de abril de 2011
1 Co 9.3-5 - A legimitidade de se ter uma esposa irmã


terça-feira, 12 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Deus se revela ao perseverante: Gênesis 32-33
O texto que estudamos nas últimas duas quartas-feiras compreende a história que imediatamente antecede e sucede o famoso evento ocorrido no vau de Jaboque: a luta de Jacó com Deus. Relembremos a tão rica história:
Chamado para retornar à sua terra, Jacó e sua família parte das bandas de Labão rumo às terras em que moravam seus pais e irmão. Este fato trouxe desconforto mui grande ao patriarca, pois teria que se encontrar novamente com aquele que o jurou de morte, Esaú, de quem havia roubado a bênção paterna. Lembro-nos que fora diante das ameaças de morte que a Mãe encomendou a viagem que Jacó empreendeu rumo a Parã.
Jacó vem sendo alvo da atuação de Deus, gozando de Seus cuidados e Sua proteção. Enquanto a história de desenrola, Jacó é transformado pelo Temor de Isaque! Mas isto ainda não está claro, e não se tem evidências concretas destas mudanças. Deus proporcionará os elementos que fundamentarão a afirmação de que Jacó mudou, inclusive, incluindo a mudança de Seu nome, de usurpador, para príncipe de Deus!
Jacó esboça seus temores de reencontrar com Esaú e prepara o encontro enviando uma carreira de presentes para seu irmão. Como um marido quando quer amolecer o coração da esposa, espalha por seu caminho os presente e agrados até que o encontro aconteça. Jacó enviou vários pequenos rebanhos diferenciados e instruiu: Quando Esaú perguntar, diga que tudo o que vê é dele, que é presente meu, e que venho pelo caminho encontrar-me com ele…
Jacó pensava poder comprar o perdão do irmão com presentes. Favor se recebe, não se paga por ele, mas Jacó planeja mesmo assim, movido por seu temor de homens. O temor de Homens (Esaú) nos foi revelado pela oração que ele mesmo. Tal como as nossas orações, ela não é pura, mas misturada de piedade com temores humanos… É bom que se diga que esta é a primeira oração registrada nas Escrituras, e é justamente Jacó quem a faz!
No meio do caminho Deus resolve revelar a Jacó e a nós o que vem operando internamente, mas que ainda não se tem evidência externa indubitável. A transformação progressiva do coração é evidenciada externamente por um novo nome. Jacó entra no vau de Jaboque, mas é Israel quem sai dali!
Jacó enfrenta um homem até ao amanhecer. Deus lhe aparece teofanicamente. Este jogo de palavras é importante ter em mente, pois o lugar batizado por Jacó será Peniel. "Panin", em hebraico significa face. Peniel significa “face de Deus”; nome dado inspirado na ocasião em que, ignorante ou não, Jacó vê a face de Deus e espantosa e inexplicavelmente sai vivo! Teofania carrega em si a mesma ideia: Deus se mostrar visivelmente. Este “homem”, teofania divina (Deus assume temporariamente forma visível), ao amanhecer, após longo embate, simplesmente toca na articulação da coxa de Jacó, debilitando-0 grandemente, mas além do esperado Jacó insiste que não deixará ir o “homem” até que lhe conceda sua bênção. A perseverança de Jacó é admirável!
Deus lhe pergunta do seu nome. Naquele momento, quase que podemos ver Jacó abaixar a cabeça envergonhado de ter que enfrentar sua identidade; identidade esta que ele estava disposto a abandonar, pois não mais queria ser “Jacó”, o enganador. De fato, Deus lhe muda o nome inspirado pelos últimos acontecimentos. Israel carrega em si, em sua raiz, a palavra “Sara”, que pode ser traduzida por “ princesa”, tanto quanto por lutadora.
Após este encontro, finalmente Jacó encontra-se com Esaú, já não mais como Jacó, mas como Israel. A diferença está na postura. Jacó enviou presentes para comprar o perdão. No meio do caminho ele descobre uma coisa chamada GRAÇA. Nas palavras de Jacó, vamos por hora definir assim: Graça é quando “vemos a face de Deus e vivemos…”. Israel é consciente disso e apresenta-se humilde diante de Esaú, e o ritual de vassalo quando encontra seu senhor é executado no começo do capítulo 33. Esta é a postura do arrependido que se encontra diante de Deus: desde de longe vem gritando sua culpa, admitindo que está errado! Mas ao se aproximar de Esaú, Jacó é surpreendido pelo perdão!!!
Agora Jacó insiste que Esaú lhe aceite os presente ofertados. O objetivo agora mudou: não mais se prestam a “comprar” o perdão, mas em expressar sua alegria de ter sido perdoado. Anteriormente Jacó, movido pelo temor de homens – que gera idolatria – ofereceu sacrifício de pecado; mas agora, perdoado, ele quer oferecer sacrifício de louvor! É bom que se observe que a “teoreferencia” é explicitada por Jacó, isto é, sua atitude tem “referência” em Deus, pois ele compara o perdão que Esaú lhe concede com o perdão que recebeu de Deus: “Vi sua face como a de Deus”! Jacó viu no olhar de Esaú a mesma expressão graciosamente perdoadora que viu em Peniel – Jacó estava sendo tratado diferentemente do que merecia.
Este é um texto que fala sobre GRAÇA. A luta de Jacó serve como uma “dobradiça” que une eventos parecidos, porém diferentes entre si. Antes temos uma Jacó que precisa ser perdoado, mas acredita que possa comprar este perdão. Após a luta, ele é um homem já perdoado por Deus, que sem entender recebe a graça e folga nela! Não quer mais comprar perdão porque entendeu que perdão não se comprar, você enfrenta quem precisa lhe perdoar e espera pela graça!
Lições que aprendemos – um resumo
Pedir perdão é apresentar-se em humildade. Lembre-se: se você estivesse certo, não pediria perdão, portanto, não apresente justificativas… apresente-se ao justificador!
Aprendemos também que os temores que temos são melhores enfrentados em oração. Nossas maiores batalhas serão travadas na arena do coração, e a arma a ser usada é a oração!
Perseverar é mais que pedir: é perseverar. Uma das coisas que aprendi, logo no começo da carreira teológica, é que só se persevera perseverando… Jacó foi além, até onde não se esperava ir… a acomodação medíocre e pecaminosa é a razão de muitas pessoas não “lutarem” com Deus. Ele quer ver as mudanças e elas aparecerão quando perseverarmos!
Agora sabemos que Deus, quando opera mudanças internas, estas devem ter expressão visível externamente. Deus muda o coração e as atitudes. Um sem o outro não existe: atitude sem “coração” é farisaísmo. Coração sem atitude é emocionalismo…
Aprendemos também que o perdão de Deus deve ser gozado: e este gozo nos leva a perdoar e ser perdoado pelos homens também! O perdão acaba com a guerra, traz paz, reata os laços, transforma situações!


terça-feira, 5 de abril de 2011
1 Cor 9. 1-2 - Apóstolos hoje? Como identificar um?


terça-feira, 29 de março de 2011
1 Cor 9. 1-27 - Imitando Paulo naquilo que imitou Cristo


quinta-feira, 24 de março de 2011
O governo abençoador de Deus sobre os homens bons e maus

Bençãos, povo de Deus!
Hoje vamos meditar num porção razoavelmente longa, pouco conhecida, mas rica em significado. Esta é a história da despedida de Jacó da casa de Labão. Este, sogro e tio, usou de muita má fé com Jacó. A história de hoje nos reserva momentos de grande indignação, alguns risos, e esperança no que Deus tem reservado para aqueles a quem quer bem.
Nosso texto começa com o anúncio da partida de Jacó (Gn 30.25-26). Jacó entende que este é o tempo que deveria sair daqueles terras e retornar para seu lugar de origem. Provavelmente após os 14 anos que trabalhou por suas esposas. É importante notar que durante todo este tempo e depois de tudo o que passou, Jacó nunca se entendeu como um participante daquela cultura. Jacó se refere a Canaã como "meu lugar e à minha terra", mostrando que lidou com Arã como terra estranha, e se via a si mesmo como um peregrino!
Labão pede que fique: Labão demonstra um correto entendimento, unido a uma terrível egocentricidade. Labão sabe que a ausência de Jacó redundará em ausência de bênçãos, pois o que ele tem experimentado de riquezas e prosperidade vem do Senhor, e é em virtude do amor que Ele tem por Jacó. Suas razões egoístas comtemplam estes elementos, e você pode conferir em Gn.30.27-30.
Jacó percebe que se for construir sua vida agora, nada terá, e aceita a oferta insultante e humilhante de Labão e eles acertam o $alário: Jacó pede que se separe dentre o rebanho de Labão os animais malhados, salpicados e listados. Estranhamente Labão concorda de pronto! Tudo não passou de um estratagema para enganar Jacó, mais uma vez... Tão logo selaram o trato labão trapaceia (Gn 30.35-36), e sordidamente separa do rebanhos os animais que configuravam no trato e os dá a seus filhos, roubando de Jacó sua porção, e os separa 3 dias de jornada, para que Jacó não percebe a trapaça. Labão somente esqueceu-se que Deus tudo vê, e mais à frente Ele o dirá a Jacó...
Nosso texto prossegue relatando o que Jacó fez diante de todos os fatos: trabalhou sem murmurar! Jacó dá início ao seu laborioso trabalho (Gn 30.37-43), e o texto resume a questão dizendo que desta forma Jacó acumulava grandes riquezas!
No capítulo 31, a família de Labão, tão ordinária quanto ele, e igualmente gananciosa, via que a cada dia Jacó enriquecia, ao passo que Labão caminhava rumo à bancarrota. Jacó percebe que a coisa não estava boa para o seu lado, e interpreta os fatos entendendo que Deus foi o autor que agiu providencialmente em seu benefício! (Cf. Gn 31.1-13)
Jacó apresenta sua interpretação para as esposas, e elas concordam com Ele (Gn 31.14.-16). Elas reconhecem aqui que foram tratadas como mercadorias, e portanto, vendidas à Jacó que por elas trabalhou arduamente. Elas percebem que seu Pai houvera gastado o "valor" que seria referente aos dotes. Isto porto, Jacó levanta acampamento e parte das terras de Labão rumo ao seu lar (Gn 31.17-21).
Neste ínterim, Raquel, que já havia demonstrado idolatria vinda do íntimo do coração, rouba furtivamente os ídolos do lar de seu pai (Gn 31.19). O problema real e grave é que Raquel abrigava aqueles ídolos em seu coração, e ainda que estivesse disposta a deixar sua casa, suas coisas e até seu pai, não estava disposta a deixar seus ídolos! Ela cria que de alguma forma, os deuses de seu pai a abençoariam, por isso ela os levou. Talvez ela cresse que houvesse um Deus que governava a terra, mas estava muito distante e inacessível para que ela o manipulasse a favor do seu conforto. Repare que Raquel pecou para conseguir o que queria e pecou para manter o que obteve. Ela queria um deus que lhe desse o que ela pensava precisar, um deus que ela pudesse roubar, que pudesse esconder. Ela queria um deus que pudesse levar na bolsa!
Labão sabe do ocorrido e sai no encalço de Jacó e sua família (Gn 31.22-24). Como eu disse no estudo bíblico, não me perguntem por que Deus resolveu falar com Labão. Sabemos somente que Deus é soberano, fala com quem quer, e faz tudo conforme lhe apraz. Outrossim, é bom saber que Deus é o Deus de toda a terra, e não somente dos cristãos...
Num momento irônico e bem engraçado, Labão tenta repreender a Jacó. Quase que é possível ver o rosto de Jacó esboçar um rido ligeiro ante às palavras de Labão: "Por que fugiste ocultamente, e me lograste, e nada me fizeste saber, para que eu te despedisse com alegria, e com cânticos, e com tamboril, e com harpa?" Podemos imaginar uns motivos, não?!?!?
Labão está mais preocupado com seus ídolos, e investiga o acampamento de Jacó. Ele não irá encontra-los porque Raquel está sentada em cima deles! Ela mente que está menstruada para que seu Pai não tente apalpar e por fim encontrar o que está perdido!
Visto que nada foi achado, Jacó prova sua inocência em todos os casos, desde a aquisição das esposas até a presente situação (Gn 31.36-42). Jacó e Labão fazem uma aliança (Gn 31. 43-55) e na saída, Jacó batiza o acampamento de Maanaim. Isto é bastante significativo, pois Jacó, embora com seus muitos erros, é um homem disposto a sempre que pode, reconhecer que Deus se achou em seus caminhos. Mais tarde o sábio registrará "Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. (Pro 3:6 ARA)". Jacó cria nisso e Deus cumpriu em sua vida esta promessa!
Jacó também experimentou o que Deus revelou a Moisés e este registrou no livro de Deuteronômi, cap. 28: Tanto as bênçãos quanto as maldições possuem o mesmo cabeçalho: "virão e te alcançarão". Se por um lado é muito ruim saber que não o que se possa fazer para se livrar das maldições decorrentes da quebra da lei, por outro é altamente consolador e bendito saber que também não há o que se possa fazer quando Deus quer abençoar alguém! As bençãos correm e alcançam, e pronto final! Não há pecado, trapaça, ou qualquer força criada ou imaginada que possa impedir Deus de abençoar a quem ele quiser fazê-lo!!!
Então...
Vivamos como peregrinos nesta terra;
Não murmuremos antes às justiças sofridas, Deus tudo vê e de todos é juiz;
Reconheça ação providente de Deus em sua vida;
Entregue seus caminhos ao Senhor;
Fuja dos ídolos!


quarta-feira, 23 de março de 2011
Entre filhos e ídolos



terça-feira, 22 de março de 2011
1 Co 8. 1-13 - Quando uso minha liberdade em amor


terça-feira, 15 de março de 2011
1 Co 8. 1-13 - Supremacia do amor sobre a sabedoria


quinta-feira, 10 de março de 2011
Gênesis 29.1-30: Vontade do homem e Vontade de Deus


Lições da Quarta-feira: Gênesis 27-28


quinta-feira, 3 de março de 2011
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
1 Co 7. 10-16 - Apartar-se é uma opção?


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Gênesis 26 – Fome, Providência e fé
Olá! Estamos de volta com mais lições no livro de Gênesis. Aproveite a leitura e que Deus te abençoe:
A História
Em Genesis 26 temos o registro da segunda grande fome nas proximidades da terra prometida. Abraão, movido pela primeira grande onda de fome, moveu seu acampamento rumo à terra dos filisteus e ao Egito. Agora é Isaque quem enfrentará estes desafios .
É a fome na terra que Deus usará como instrumento para que Isaque se mova de Beer-Laai-Roi, sua residência até então, rumo aos acontecimentos que servirão para Deus demonstrar sua providência. O primeiro impulso de Isaque parece ter sido o de descer até à terra do Egito. Deus lhe dirige a Palavra e lhe diz que ao Egito Isaque não deveria ir, mas permanecer na terra que lhe mostrasse.
Seguindo o argumento do texto, Deus pronuncia bênçãos por sobre a vida do Filho-herdeiro de Abraão. As bênçãos relativas à terra, descedência, presença divina e properidade estão presentes nesta ocasião como estiveram quando Deus se dirigiu a Abraão e o abençoou.
Diferente de seu Pai, a ordem dada a Isaque, e que exigiria uma resposta de fé, não foi para que saísse, mas para que permanecesse. A terra estava assolada pela fome, mas Deus lhe garantiu segurança e cuidado. Pela fé, Isaque permanece em Gerar. É importante notar que o termo hebraico que Moisés usa para registrar tanto a ordem divina, quando a disposição obediente de Isaque, traduzido para a nossa língua por “habitar”, significa “habitar como peregrino”. Deus lhe dizia que, ainda que para fugir da fome ele devesse morar em Gerar, terra dos Filisteus, ele não deveria fazer daquele povo sua pátria. Isaque deveria morar entre eles, sem se esquecer de sua condição nômade peregrina.
Lamentavelmente Isaque em seguida resolve agir tal como seu pai e mente a respeito da esposa. A cena é tão irônica que Isaque mente com a mesma mentira que seu pai mentiu, chamando a esposa de “irmã”, e o faz ao mesmo homem que sei pai fez! Ambos tiveram a mesma experiência com o mesmo Abimeleque, rei de Gerar. Aqui cabe lembrar que o texto relata que Isaque temeu por sua vida, pois os homens poderiam cobiçar sua esposa e mata-lo. Ele temeu... homens...! O temor de homens, oposto parasita do temor de Deus é causa de muitos atos desobedientes e pecaminosos de nossa parte. Foi o temor de homens, aprendido de seu pai, que levou Isaque a arriscar a dignidade de sua espoas e a honra do rei de Gerar.
Deus, em demonstração de infinita misericórdia e graça, mais uma vez livra Abimeleque da desonra. Desta feita, o Rei não foi advertido em sonho, mas numa estranha “coincidência”, Um olhar pela janela revelou intimidades entre Isaque e Rebeca que apontavam para uma relação próxima do que a existente entre irmãos. Chegando à óbvia conclusão, Abimeleque confrontou Isaque com a verdade. Envergonhado, mas arrependido, Isaque assume que sua farsa fora descoberta.
Mesmo em meio à confusão em que se meteu, Deus, em graça, o abençoa. Ele semeia na terra dos filisteus e colhe com abundância tal que lhe rendeu riquezas e mais riquezas. Sua fartura é descrita brevemente com uma indicação de que suas posses eram mui numerosas, mas a maior prova desta grande riqueza fora o fato do rei lhe convidar a se retirar de Gerar, pois era homem sobremodo rico, e portanto, despertava grande inveja entre os filisteus. Sua situação lembra a de muitos estrangeiros residentes da capital de São Paulo, onde muitos tem tido a experiência de enriquecer em solo paulistano, ao passo que muitos dos residentes da cidade padecem da pobreza... Não é uma regra que valha para todos, mas acontece...
Após isto, o texto registra as contantes implicâncias do povo filisteu com Isaque com respeito aos poços. Na região em que estavam, ter um poço era a única maneira de garantir um mínimo de conforto, por causa da ausência crônica de água, e porque os poços eram indicativos que cidades estariam próximas, pois com eles, a vida era possível.
No mesmo dia em que o poço com boa água é descoberto, é o dia em que Abimelque e Isaque selam um acordo de paz. O juramento é feito desde antemanhã, e o poço descoberto naquele dia recebe seu nome por causa do juramento. A Palavra hebraica para juramento é “Shebá”. Beer é a palavra hebraica para poço. Isaque agora habitará em paz junto ao poço do juramento, ou, se preferir, junto a Berseba.
Lições de providência:
Deus foi providente levando Isaque a Gerar: Foi nesta cidade que Isaque prosperou e enriqueceu-se em tempos de crise. Deus moveu as circusntâncias para que Isaque fosse parar lá. Em Sua providência, Deus fazia com que todas as coisas cooperassem para o bem de Isaque. Sua ida para a cidade de Gerar não foi acidental, Deus estava no controle de tudo, agindo providencialmente.
Deus foi providente livrando Isaque de Abimeleque: A mentira de Isaque poderia ter tido consequências devastadoras para sua família. Não foi a sorte ou a coincidência que fizeram com que o Rei olhasse para a janela bem na hora que Isaque brinca com sua esposa. Assim aconteceu porque Deus providenciou. Abimeleque foi avisado, como anteriormente também o foi, mas desta feita providencialmente.
Deus foi providente enriquecendo Isaque em tempos de Crise: A ação de Deus, livre das limitações das condições, levou Isaque a uma condição tal que o rei de Gerar lho pediu que se retirasse para longe, pois suas riquezas já superava as dos filisteus, causando-lhes forte inveja. Eram tempos ruins, mas Deus providenciou que Isaque se tornasse riquíssimo.
Deus foi providente dando lugar seguro para Isaque habitar: A terra era dos filisteus, e seus poços eram as únicas ferramentas naturais para proporcionar vida em um meio-ambiente tão hostil como a região o era. Mas ao conceder Reobote, o poço sobre o qual não houve contenda, Deus finalmente concedia um lugar seguro para Isaque e sua família habitar. Não obstante, Deus já havia agido providencialmente antes, mostrando seu cuidado protetor por Isaque.
Deus foi providente dando paz para Isaque e Abimeleque: Isaque poderia ter sido o proponente do acordo de paz, mas aprouve à providência divina levantar o rei filisteu, movendo seu coração em direção a Isaque, de modo que eles “cortaram uma aliança” de paz. Agora Isaque sabia que entre eles a paz reinava, e por um bom tempo foi assim.
Liçoes para nossa vida
Vemos agora o que este texto proporciona de lições que ultrapassam a barreira do tempo, servindo até hoje para edificação de nossa vida, a nós viventes do século 21:
A porção da história de Isaque, registrada no capítulo 26 de Gênesis nos ensina que Deus opera através de atos maus de homens bons. Deus não perdeu o controle ou ausentou-se de seu trono de comando quando seu servo Isaque metia a respeito de sua própria esposa. Na verdade, Deus operou providente em todas as circunstâncias, inclusive quando o servo de Deus agiu de maneira imprópria. Esta certeza não deve sair de nossos corações: Deus opera, e nem o pecado humano, com todas as suas devastadores consequências, é capaz de impedir a atuação divina.
Aprendemos também que Deus exerce sua providência apesar de qualquer circunstância ou vicissitude. Deus não depende de que as coisas estejam boas, circunstancialmente falando, para abençoar os Seus. Em meio a uma grande crise e fome na terra, Deus providenciou que Isaque se tornasse rico. A economia mundial não precisa melhorar, se Deus quiser operar providencialmente, ele irá, apesar de qualquer crise financeira mundial, apesar da doença ser aparentemente incurável, apesar de tudo... quando tudo diz que não, Sua voz nos encoraja a prosseguir, e seguimos, confiando numa providência divina que não carece de situação favorável para agir.
Uma outra lição a se destacar é que Deus requer fé pessoal de cada agente da aliança. As semelhanças entre as histórias de Abraão e Isaque são notáveis. A benção, a mentira sobre a esposa, o livramento, o enriquecimento, os estabelecimento e outros detalhes são bem próximos. Alguém poderia se perguntar, então, porque Isaque teve que passar por quase as mesmas coisas que seu Pai, Abraão? A resposta é simples: porque Isaque não era seu Pai! O que Abraão passou foi para exercício de sua fé! Isaque precisava ter sua própria experiência pessoal com Deus e exercer sua fé individualmente. Não se pode argumentar que a experiência paterna redunda necessariamente em aprendizado do filho. Embora aconteça, Deus requer fé pessoal. Isaque teve que fazer suas escolhas... poderia ter sido (deveria, podemos até dizer) diferente do que foi seu pai em muitos sentidos! Isaque fez a sua própria pública profissão de fé, porque fé é como salvação: individual.
E por último, destaco que Deus nos dá paz nesta terra mesmo nós estando sob a condição de peregrinos. Isaque ter riquezas e paz entre filisteus invejosos e não tementes a Deus não faz o menor sentido. Guerra, dor, angústia e tristeza é o que se espera como consquencia natural de uma vida vivida sob a queda e entre pecadores. Mas curiosamente, tanto Isaque quanto nós gozamos de períodos de grande calmaria, de momentos de intensa alegria e paz. Esta última condição é que deveria ser estranha a nós, uma vez que vivemos em um mundo que não nos conhece a nós, porque não conhece o Deus que nos salvou. Mas aprendemos que mesmo não pertencendo a esta conjuntura de coisas, não compartilhando da cosmovisão que nos cerca, é possível ter paz nesta terra. Isto não quer dizer que sempre a tenhamos, mas se a tivermos, é fruto da boa graça providente de Deus!
Espero que Deus se digne abençoar sua vida através desta singela exposição do texto de Gênesis! Até a próxima...


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
1 Co 7. 3-9 - O que é casamento II


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Entendendo e acolhendo a bênção de Deus

Hoje vamos estudar o capítulo 25 do livro de Gênesis. É neste capítulo que encontramos a conhecida história em que Esaú, enganado por seu irmão, desprezou seus direitos de primogênito e os vendeu ao seu irmão gêmeo mais novo Jacó por um prato de lentilhas vermelhas.
Este é um texto curioso e rico. Para que as lições deste precioso texto sejam recebidas, precisamos conhece-lo melhor:
Em Gênesis 25 a trama da história da redenção está em transição. O personagem principal, que vinha colorindo os capítulos anteriores, Abraão, sai de cena e seu filho Isaque, por algum tempo é o protagonista. Agora somos apresentados aos seus filhos gêmeos e aos motivos que os fizeram ficar tantos anos separados, distantes um do outro física e emocionalmente. Para que estes gêmeos viessem a existir, 20 anos de oração foram necessários. O texto diz que Isaque casou-se com Rebeca aos 40, mas eles nasceram quando Isaque já tinha 60 anos.
Repare também em algumas curiosidades deste texto: Isaque é o pai de Jacó, que terá 12 filhos, que darão origem às mais que famosas 12 tribos de Israel. Ismael, irmão de Isaque, teve ele mesmo 12 filhos.
Isaque morava com sua família junto ao mesmo poço em que Agar fora abordada por Deus para que, em humilhação, retornasse à sua senhora Sara, mãe de Isaque.
Isaque, mesmo após um novo casamento de seu Pai Abraão com Quetura, permaneceu sendo o único herdeiro, tendo seus meio-irmãos despedidos para longe, conforme o início do capítulo 25 revela.
Alguns aspectos teológicos também devem ser ressaltados:
Neste capítulo encontramos o cumprimento imediato de uma profecia feita no capítulo 16 do livro de Genesis, quando do nascimento de Ismael Deus revelou que ele habitaria fronteiriço aos seus irmãos, sem, contudo, relacionar-se com eles em paz. O capítulo 25 registra como e onde Ismael e seus descendentes se fixaram, e um bom mapa regional mostrará que as cidades circunvizinhas tinham os nomes de seus filhos.
Este registro é feito para que se confirme que a Palavra de Deus é fiel, e jamais ela volta vazia, pois, uma vez mais aquela família ouvirá da parte de Deus uma profecia. Eles estavam diante do cumprimento das profecias proferidas anos antes, e a fé deles deveria se reacender e firmar diante da nova profecia que recebiam, por meio de Rebeca que, após reclamar de seu destino como mãe, recebe a informação que seu filho mais moço seria senhor do mais velho. Para surpresa deles, eram gêmeos os bebês a quem se referia a profecia divina.
Esaú, cujo nome parece ter alguma coisa que indique sua condição de nascimento: seu corpo coberto de pêlos, e Jacó, reconhecido pela mão presa ao calcanhar do irmão que nasceu primeiro que ele, cujo significado pode ser "aquele que segura o calcanhar" ou "aquele que segue", são os filhos de Isaque, aqui apresentados à trama da redenção, que está sendo desenhada através da história.
É curioso ressaltar que as palavras hebraicas para Adão, Edom e Vermelho tem a mesma raíz. Isto significa que seus campos semânticos se cruzam, e seus significados são mui próximos.
Gastemos um tempo meditando sobre dois aspectos. O primeiro com respeito ao desprezo de Esaú e o segundo com respeito às lições gerais que este texto trás:
O desprezo de Esaú:
Ele desprezou a comida: Literalmente, Esaú chamou o cozinhado vermelho de Jacó de "coisa vermelha". Ele não se deu ao trabalho de elogiar o saboroso aroma da refeição, nem em agradecer a presença de seu irmão ali, em seu caminho, como uma providência de Deus para sua fome. Ao contrário, avacalhou o cozido, e se fosse hoje, pense na situação de uma esposa que carinhosamente prepara o alimento, poe-no à mesa e diante das delícias preparadas, ouve seu insensível marido dizer: Passa a "gororoba" pra cá!
Ele desprezou o serviço os outros: Esaú exagera a sua condição de trabalhador. Disse que estava a ponto de morrer... De trabalhar ninguém morre! De fazer nada, até pode ser... Mas certamente, Esaú enxergou que sua condição de cansaço era única no mundo, ou pelo menos, em comparação aos mais próximos, ninguém merecia mais do que ele aquela comida. Sabe a pessoa que, é só perguntar como vai o trabalho, que sua resposta parece indicar que ele é a pessoa que mais trabalha no mundo, que seu cansaço é enorme e um dia isto pode ceifar sua vida? Pois então... Este é Esaú!
Ele desprezou o serviço prestado. O texto registra em forma de "stacato" como Esaú recebeu a refeição. Ele comeu, bebeu, levantou-se e saiu. Rude e grosseiro, ele empanturrou-se e retirou-se. É certo que Jacó vendeu bem caro aquele prato, mas ao que o texto indica, não foi tão difícil para Esaú pagar! Entretanto, a maneira como Esaú recebeu o alimento é muito semelhante a muitos homens igualmente rudes e grosseiros que impõe que sua esposa lhe sirva o prato à mesa, perfeitamente montado, quente e delicioso, para comer, beber, levantar-se e sair.... sem gratidão, sem elogios, sem nada...
Ele desprezou seu direito. Por fim, o texto se encerra condenando a maneira desleixada com que Esaú lida com seu direito de filho mais velho. Nesta condição, conforme o costume antigo, o filho mais velho tinha direito à porção dobrada da herança. Se um pai tivesse 6 filhos, a herança era divida em 6 parte iguais. O filho mais velho tinha direito a duas porções e os outros 5 filhos dividiriam as 4 porções restantes. No caso de haverem dois filhos, como era o caso de Esaú e Jacó, a herança era divida em dois e como o mais velho tinha direito à porção dobrada, ele ficaria com tudo. Era seu direito e privilégio herdar tudo. Ele, Esaú, seria o responsável, quem sabe, de sustentar seu irmão, de manter e aumentar as riquezas da família... era um grande privilégio exercer este direito, e Esaú não deu a mínima importância e o vendeu a troco de um guisa vermelho como seus cabelos (daí Edom: vermelho)
Jacó, pior que seu irmão, se aproveitou de um momento de fraqueza física e espiritual de seu irmão e tirou proveito para si. Embora Jacó parece ser um detalhe, é justamente este detalhe que fez toda a diferença, para o mau...
Lições gerais:
Deus detesta quem recebe suas bênçãos com desprezo. Cuidado! Deus nos abençoa com toda a sorte de bençãos espirituais, e nem sempre é possível encontrar gratidão no nosso coração! Se já faz algum tempo que você não conta as bençãos e as diz de uma vez, ficarás supreso o quanto Deus já fez! Vigiemos e agradeçamos ao Deus de imensa bondade!
A eleição é fruto do amor divino. Nada em nós motiva o Senhor nos amar! Há, ainda, quem pense merecer de Deus alguma coisa. Repare que o amado do senhor era Jacó, que sordidamente levou para si os direitos do irmão. Jacó e Esaú ainda não eram gêmeos nascidos, nem tinham praticado bem ou mal, e Deus resolveu que Esaú seria objeto de seu ódio, ao passo que Jacó seria objeto do seu amor. Deus assim o quis e assim fez. Nada neles fez que Deus mudasse de idéia. Nenhum dos dois merecia coisa alguma, como nós. Se recebemos, é pela graça, e tão somente por isso. Não é de se estranhar que, na história, a eleição seja reconhecida como uma doutrina da graça!
O amor em família deve ser fruto de expressão e não de necessidade. Jacó era o amado de sua mãe. Ele habitava em tendas e por isso era o filho mais próximo de sua mãe. Ele se assemelhava àquele filho mais novo, ou "temporão" que fica mais tempo no lar após seus irmãos mais velhos terem se casado. Seu companheiros e "meiguice" podem ter sidos os motivos que levaram Rebeca a depositar seu amor por sobre ele. Isaque amava mais a Esaú porque se saboreva do resultado de sua caça! Os motivos pra amar um filho deveriam ser expressões de gratidão a Deus pela benção de tê-los, uma expressão do amor de Deus que é derramado em nossos corações... mas muitas famílias encontram motivos egoístas para justificarem seu amor pelos filhos! "Eu te amo porque você nunca me deu trabalho..." foi a frase que ouvi na televisão vinda de um pai que pensava declarar seu amor mais sincero à sua filha querida, mas na verdade, em sua sinceridade, declarou seu amor a si mesmo, como que diz que se seu conforto tivesse sido transtornado, seu amor diminuiria consideravelmente!
Oportunidades devem ser usadas para abençoar e não para tirar proveito próprio. Jacó pegou o irmão num momento de fraqueza. Não é incomum ver irmãos aproveitarem os momentos de dor, de perda, de queda, de falha para machucar, espezinhar, malhar, ou então tirar algum benefício pessoal da condição do outro. tal coisa não deve existir dentro da igreja jamais! Lembremos que Jacó perdeu uma oportunidade de serviço e de ser benção na vida do irmão, antes, se aproveitou para tirar para si proveito da situação. Use as oportunidades que Deus concede para ser um instrumento de bênção, e sempre considere seus irmãos em honra, preferindo-os à si próprio!
Deus abençoe e até a próxima!

