quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Gênesis 26 – Fome, Providência e fé


Olá! Estamos de volta com mais lições no livro de Gênesis. Aproveite a leitura e que Deus te abençoe:

A História

Em Genesis 26 temos o registro da segunda grande fome nas proximidades da terra prometida. Abraão, movido pela primeira grande onda de fome, moveu seu acampamento rumo à terra dos filisteus e ao Egito. Agora é Isaque quem enfrentará estes desafios .

É a fome na terra que Deus usará como instrumento para que Isaque se mova de Beer-Laai-Roi, sua residência até então, rumo aos acontecimentos que servirão para Deus demonstrar sua providência. O primeiro impulso de Isaque parece ter sido o de descer até à terra do Egito. Deus lhe dirige a Palavra e lhe diz que ao Egito Isaque não deveria ir, mas permanecer na terra que lhe mostrasse.

Seguindo o argumento do texto, Deus pronuncia bênçãos por sobre a vida do Filho-herdeiro de Abraão. As bênçãos relativas à terra, descedência, presença divina e properidade estão presentes nesta ocasião como estiveram quando Deus se dirigiu a Abraão e o abençoou.

Diferente de seu Pai, a ordem dada a Isaque, e que exigiria uma resposta de fé, não foi para que saísse, mas para que permanecesse. A terra estava assolada pela fome, mas Deus lhe garantiu segurança e cuidado. Pela fé, Isaque permanece em Gerar. É importante notar que o termo hebraico que Moisés usa para registrar tanto a ordem divina, quando a disposição obediente de Isaque, traduzido para a nossa língua por “habitar”, significa “habitar como peregrino”. Deus lhe dizia que, ainda que para fugir da fome ele devesse morar em Gerar, terra dos Filisteus, ele não deveria fazer daquele povo sua pátria. Isaque deveria morar entre eles, sem se esquecer de sua condição nômade peregrina.

Lamentavelmente Isaque em seguida resolve agir tal como seu pai e mente a respeito da esposa. A cena é tão irônica que Isaque mente com a mesma mentira que seu pai mentiu, chamando a esposa de “irmã”, e o faz ao mesmo homem que sei pai fez! Ambos tiveram a mesma experiência com o mesmo Abimeleque, rei de Gerar. Aqui cabe lembrar que o texto relata que Isaque temeu por sua vida, pois os homens poderiam cobiçar sua esposa e mata-lo. Ele temeu... homens...! O temor de homens, oposto parasita do temor de Deus é causa de muitos atos desobedientes e pecaminosos de nossa parte. Foi o temor de homens, aprendido de seu pai, que levou Isaque a arriscar a dignidade de sua espoas e a honra do rei de Gerar.

Deus, em demonstração de infinita misericórdia e graça, mais uma vez livra Abimeleque da desonra. Desta feita, o Rei não foi advertido em sonho, mas numa estranha “coincidência”, Um olhar pela janela revelou intimidades entre Isaque e Rebeca que apontavam para uma relação próxima do que a existente entre irmãos. Chegando à óbvia conclusão, Abimeleque confrontou Isaque com a verdade. Envergonhado, mas arrependido, Isaque assume que sua farsa fora descoberta.

Mesmo em meio à confusão em que se meteu, Deus, em graça, o abençoa. Ele semeia na terra dos filisteus e colhe com abundância tal que lhe rendeu riquezas e mais riquezas. Sua fartura é descrita brevemente com uma indicação de que suas posses eram mui numerosas, mas a maior prova desta grande riqueza fora o fato do rei lhe convidar a se retirar de Gerar, pois era homem sobremodo rico, e portanto, despertava grande inveja entre os filisteus. Sua situação lembra a de muitos estrangeiros residentes da capital de São Paulo, onde muitos tem tido a experiência de enriquecer em solo paulistano, ao passo que muitos dos residentes da cidade padecem da pobreza... Não é uma regra que valha para todos, mas acontece...

Após isto, o texto registra as contantes implicâncias do povo filisteu com Isaque com respeito aos poços. Na região em que estavam, ter um poço era a única maneira de garantir um mínimo de conforto, por causa da ausência crônica de água, e porque os poços eram indicativos que cidades estariam próximas, pois com eles, a vida era possível.

No mesmo dia em que o poço com boa água é descoberto, é o dia em que Abimelque e Isaque selam um acordo de paz. O juramento é feito desde antemanhã, e o poço descoberto naquele dia recebe seu nome por causa do juramento. A Palavra hebraica para juramento é “Shebá”. Beer é a palavra hebraica para poço. Isaque agora habitará em paz junto ao poço do juramento, ou, se preferir, junto a Berseba.

Lições de providência:

Deus foi providente levando Isaque a Gerar: Foi nesta cidade que Isaque prosperou e enriqueceu-se em tempos de crise. Deus moveu as circusntâncias para que Isaque fosse parar lá. Em Sua providência, Deus fazia com que todas as coisas cooperassem para o bem de Isaque. Sua ida para a cidade de Gerar não foi acidental, Deus estava no controle de tudo, agindo providencialmente.

Deus foi providente livrando Isaque de Abimeleque: A mentira de Isaque poderia ter tido consequências devastadoras para sua família. Não foi a sorte ou a coincidência que fizeram com que o Rei olhasse para a janela bem na hora que Isaque brinca com sua esposa. Assim aconteceu porque Deus providenciou. Abimeleque foi avisado, como anteriormente também o foi, mas desta feita providencialmente.

Deus foi providente enriquecendo Isaque em tempos de Crise: A ação de Deus, livre das limitações das condições, levou Isaque a uma condição tal que o rei de Gerar lho pediu que se retirasse para longe, pois suas riquezas já superava as dos filisteus, causando-lhes forte inveja. Eram tempos ruins, mas Deus providenciou que Isaque se tornasse riquíssimo.

Deus foi providente dando lugar seguro para Isaque habitar: A terra era dos filisteus, e seus poços eram as únicas ferramentas naturais para proporcionar vida em um meio-ambiente tão hostil como a região o era. Mas ao conceder Reobote, o poço sobre o qual não houve contenda, Deus finalmente concedia um lugar seguro para Isaque e sua família habitar. Não obstante, Deus já havia agido providencialmente antes, mostrando seu cuidado protetor por Isaque.

Deus foi providente dando paz para Isaque e Abimeleque: Isaque poderia ter sido o proponente do acordo de paz, mas aprouve à providência divina levantar o rei filisteu, movendo seu coração em direção a Isaque, de modo que eles “cortaram uma aliança” de paz. Agora Isaque sabia que entre eles a paz reinava, e por um bom tempo foi assim.

Liçoes para nossa vida

Vemos agora o que este texto proporciona de lições que ultrapassam a barreira do tempo, servindo até hoje para edificação de nossa vida, a nós viventes do século 21:

A porção da história de Isaque, registrada no capítulo 26 de Gênesis nos ensina que Deus opera através de atos maus de homens bons. Deus não perdeu o controle ou ausentou-se de seu trono de comando quando seu servo Isaque metia a respeito de sua própria esposa. Na verdade, Deus operou providente em todas as circunstâncias, inclusive quando o servo de Deus agiu de maneira imprópria. Esta certeza não deve sair de nossos corações: Deus opera, e nem o pecado humano, com todas as suas devastadores consequências, é capaz de impedir a atuação divina.

Aprendemos também que Deus exerce sua providência apesar de qualquer circunstância ou vicissitude. Deus não depende de que as coisas estejam boas, circunstancialmente falando, para abençoar os Seus. Em meio a uma grande crise e fome na terra, Deus providenciou que Isaque se tornasse rico. A economia mundial não precisa melhorar, se Deus quiser operar providencialmente, ele irá, apesar de qualquer crise financeira mundial, apesar da doença ser aparentemente incurável, apesar de tudo... quando tudo diz que não, Sua voz nos encoraja a prosseguir, e seguimos, confiando numa providência divina que não carece de situação favorável para agir.

Uma outra lição a se destacar é que Deus requer fé pessoal de cada agente da aliança. As semelhanças entre as histórias de Abraão e Isaque são notáveis. A benção, a mentira sobre a esposa, o livramento, o enriquecimento, os estabelecimento e outros detalhes são bem próximos. Alguém poderia se perguntar, então, porque Isaque teve que passar por quase as mesmas coisas que seu Pai, Abraão? A resposta é simples: porque Isaque não era seu Pai! O que Abraão passou foi para exercício de sua fé! Isaque precisava ter sua própria experiência pessoal com Deus e exercer sua fé individualmente. Não se pode argumentar que a experiência paterna redunda necessariamente em aprendizado do filho. Embora aconteça, Deus requer fé pessoal. Isaque teve que fazer suas escolhas... poderia ter sido (deveria, podemos até dizer) diferente do que foi seu pai em muitos sentidos! Isaque fez a sua própria pública profissão de fé, porque fé é como salvação: individual.

E por último, destaco que Deus nos dá paz nesta terra mesmo nós estando sob a condição de peregrinos. Isaque ter riquezas e paz entre filisteus invejosos e não tementes a Deus não faz o menor sentido. Guerra, dor, angústia e tristeza é o que se espera como consquencia natural de uma vida vivida sob a queda e entre pecadores. Mas curiosamente, tanto Isaque quanto nós gozamos de períodos de grande calmaria, de momentos de intensa alegria e paz. Esta última condição é que deveria ser estranha a nós, uma vez que vivemos em um mundo que não nos conhece a nós, porque não conhece o Deus que nos salvou. Mas aprendemos que mesmo não pertencendo a esta conjuntura de coisas, não compartilhando da cosmovisão que nos cerca, é possível ter paz nesta terra. Isto não quer dizer que sempre a tenhamos, mas se a tivermos, é fruto da boa graça providente de Deus!

Espero que Deus se digne abençoar sua vida através desta singela exposição do texto de Gênesis! Até a próxima...

2 comentários:

  1. A PAZ QUERIDOS SOU PASTOR E PREGADOR, VIVO MINHA VIDA PREGANDO E DANDO PALESTRAS MAIS QUANDO ME DEPAREI COM ESSE COMENTÁRIO, VI QUE DEUS DE FATO TEM MUITAS REVELAÇÕES PARA NÓS DÁ, QUERO QUE SAIBAM QUE DEUS CONTA COM VCS, ABRAÇOS TENHA UMA VIDA DE MUITAS REVELAÇÕES DA PARTE DE DEUS.

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  2. A PAZ MEUS IRMÃOS ESTOU COMPLETAMENTE PARALIZADO COM ESTA REVELAÇÃO AQUI POSTA, JA TINHA LIDO ESTA PASSAGEM MAS COM OUTRA INTERPRETAÇÃO,IREI PREGAR QUINTA FEIRA 08/11/2012 E IREI UTILIZAR ESTA REVELAÇÃO, SOU UM PRESBITERO E PREGADOR DO EVANGELHO, QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.

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