sexta-feira, 19 de novembro de 2010

UNIVERSIDADE MACKENZIE: EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO RELIGIOSA

A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.

Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.

Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 [LINK http://www.ipb.org.br/noticias/noticia_inteligente.php3?id=808] e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.

Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.

Para ampla divulgação.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Stuart Olyott no JMC

Nesta última terça-feira o Dr. Olyott esteve no Seminário JMC lecionando. Ele veio ao Brasil do País de Gales para falar no Encontro da Fé Reformada em Manaus. Foi uma experiência única, e não poderia ser perdida.
Mas para que a bênção da Palavra de Deus seja compartilhada e mais pessoas sejam abençoadas como foram os presentes; sua impactante mensagem segue abaixo. Não é uma transcrição, mas as anotações que fiz dos pontos principais e o que mais eu lembrar, com uma pitada de "mim mesmo".
Dr. Olyott falou-nos sobre Apocalipse 1.9-2.7. Apresentando-nos 6 afirmações e 2 questões. Seus estilo claro e fácil, direto e sem rodeios é uma inspiração a se seguir. O que aprendemos?

1- Cada igreja, cada congregação, é um candeeiro. Precisamos saber o que úm candeeiro. A figura apresentada por João no Apocalipse é a dos antigos lampiões, que iluminavam os ambientes muito antes das modernas lâmpadas. Quando a noite caía, além da lua, os cadeeiros eram as únicas fontes de luz que alguém poderia ter. "Fonte de Luz" é a chave! A igreja de Cristo deve ser uma fonte de luz para um mundo em trevas. Quando a igreja se ajunta, luz deve ser compartilhada. A Palavra de Deus, nos lembra o Salmista no Salmo 119, é lâmpada para nossos pés e luz para nosso caminho. Então, por causa da Igreja, pessoas deveriam dizer: "Eu vejo!". O Crente deveria ver com clareza e o incrédulo deveria passar a ver. O ministério da Igreja tem de iluminar as trevas, seja do entendimento obscurecido do crente, ao coração endurecido do incrédulo. E é a vontade de Deus que Sua Igreja seja um candeeiro. Ele não disse que qualquer outra organização criada ou que ainda possa ser inventada, seja ou substitua a Igreja na missão de ser candeeiro. Este é um privilégio somente concedido à Igreja.

2 - Uma igreja local pode deixar de ser candeeiro. Descansados numa ignorância sem sentido, a igreja acha que sua luz é natural, ou seja, lhe nasce pelo simples fato de existir. Não é bem assim. Conquanto cada Igreja seja uma fonte de luz, esta fonte pode apagar-se! E pode mesmo... A igreja tem uma pelo coral ou uma pela estrutura musical dentro de si, belas cantatas são produzias e peças musicais são executadas com maestria... mas alguma coisa falta! Não hã luz! Ou então a igreja tem ministério atuantes, onde algumas pessoas desempenham papéis importantes para a vida da Igreja, mas não há luz. Ou há uma boa doutrina, mantida e sustentada por uma boa pregação... Tudo está aparentemente correndo bem, mas não há luz!!! Esta é uma possibilidade bem real. Pessoas deveriam crescer em conhecimento e graça. Transformação de vida, tanto nos crentes quando naqueles que chegam deveriam ser vistas e alegria deveria ser celebrada... mas, simplesmente, não há luz!

3 - Quando uma Igreja deixa de ser luz, é porque o Cabeça da Igreja está triste com ela. Quando uma igreja deixa de ser relevante, atuante e viva, está faltando luz. E esta falta de luz é um julgamento vindo da parte do Senhor da Igreja. Sabe-se que alguma coisa está errado. Mas o que? Quem sabe a música, ou então o programa adotado pela igreja? Quem sabe o estilo de pregação? Ou ânimo em algum ministério ou departamento? Onde está o problema...? Se a luz se foi, o problema não é a música, ou o ministério, ou o pastor, ou qualquer outra coisa... Trocam-se as músicas, os pastores, as diretorias, os programas por outros mais relevantes culturalmente... O problema é Cristo: Ele visitou a Igreja e retirou o candeeiro!

4- Cristo não compromete sua luz com uma igreja que não o ama! Tudo pode até estar certo... mas não há glória: não há conversões, não há luz, não há crescimento. A igreja se reúne por amor à qualquer coisa: à reunião em si; para se rever amigos queridos, para por o papo em dia, para desestressar da semana que teve... Por que a igreja não está sendo abençoada? O coração das pessoas parou de bater por Jesus! Este é o problema. A multidão de ídolos de cada coração da multidão de pessoas torna a vida da Igreja uma farsa. O coração está longe, mesmo que os lábios insistam em dizer que estão ali porque o amam, mas a triste realidade é que não há amor por Jesus.

5- Há apenas uma maneira do candeeiro ser restaurado: arrependimento! Muitas propostas têm sido apresentadas para que a Igreja seja revitalizada. A Igreja deseja novamente experimentar seus dias de glória e exuberância. Esta geração e possivelmente algumas anteriores a esta não conheceram dias de glória para a Igreja de Cristo. A ńica coisa capaz de restaurar e manter a luz é Cristo. E única forma de se ter Cristo é renunciando tudo o mais... E para que isto aconteça, é preciso que nos arrependamos dos nossos erros e pecados, da nossa distância de Jesus Cristo e sua Palavra, nos arrependamos sincera e humildemente, reconhecendo que a luz nunca fora nossa, mas de Cristo.

6- Não há nada mais importante na Igreja de Cristo do que o amor por Cristo. Uma Igreja pode ter muitas coisas: boa pregação, boa música, bons ministérios, boas sociedades internas, boas estruturas físicas... Mas o que determina a luz na igreja não é isto. Tambem não são os dons. Tudo isto é importante, mas não é luz. Uma igreja rica? Não... poder financeiro não é poder de Deus. Compromisso... alguém dirá! Também não! Compromisso não é fonte de restauração nem é a coisa mais importante na Igreja de Cristo... não é o que "falta". O que falta é ver o seu coração pulsando por Cristo - isto é o mais importante! Não somente dizer, mas dizer porque é verdade: que a presença de Jesus é mais importante que o ar que eu respiro... por que ar dá pra ficar, mas não sem Jesus...

Duas perguntas então:

1 - Você ama a Jesus Cristo? (Marcos 17.10ss)
O Jovem rico apresentou a Jesus no desejo de seguí-lo rumo aos céus. O que mais poderia ser feito para isso? Esta foi a pergunta. Jesus, diz o texto, olhando-o diretamente nos em seus olhos, o amou. [Que maravilhoso olhar...] Tocando na ferida da alma, pede ao jovem que vendas seus bens e o siga, mas como era dono de muitas posses, saiu triste! Era uma questão de amor... A quem você amará mais, caro jovem, a mim ou às riquezas? disse Jesus. Vai largar tudo e ter a mim, ou vai me largar e ficar com tudo isso?... lamentamos a reposta dele e de muitos de nós...
Os jovens e os velhos da igreja precisam desenvolver hábitos devocionais. Olyott menciona a falta de hábitos devocionais como um elemento indicativo da falta de amor. Só crescendo em intimidade é que, em nossas orações, diremos: Jesus, tu és tudo para mim!

2 - Você pode amá-lo mais? (Lucas 10.38)
Estamos tão acomodados que começamos a nos sentir satisfeitos com o nível de amor que nutrimos por Jesus, como se não fosse possível amá-lo mais. Marta e Maria exemplificam o ponto. Elas receberiam Jesus em sua casa. Os preparativos foram feitos. Mas então a cena muda quando Jesus chega. Como boas anfitriãs, recebem a Jesus bem arrumadas, nos cabelos e na casa. Mas a maquiagem de Marta começa a derreter diante do calor do fogão. Seus cabelos suam diante das tarefas e sua roupa começa a apresentar respingos típicos de quem trabalha na cozinha... Por que estou me matando aqui, sozinha? Se pergunta Marta. Ela lembrou de Maria. Bem ao alcance dos olhos está ela, sentada aos pés de Jesus... "Senhor, não vês que estou a trabalhar aqui! Maria bem que poderia me ajudar... Fale para ela vir!" Marta quase que ordena...
Qual é a maior expressão de amor que Deus deseja ver vindo de você? Seu serviço? Não... Certamente não. É o que muitos pensam, que trabalhar na Igreja e servir a Cristo é uma prova certa e profunda de amor... É importante, necessário e deve existir, mas não sem o ingrediente principal. A resposta certa é... Tempo à sós com Ele!
Tempo à sós com Cristo... amando-o! Há uma coisa que Ele quer mais do que seu serviço: Você! Deus quer você, Cristo morreu por você, então, nada menos d que você, inteiro e em amor, o satisfará. E então, ele moverá o candeeiro de volta, a igreja terá luz, e iluminará novamente o mundo em trevas.
Deus abençoe sua Igreja!

domingo, 24 de outubro de 2010

Como Zaqueu.... será?

Uma grande oportunidade Deus concedeu nesta última semana... Conquanto muitos achem que conhecer o canto Regis Danese tenha sido a tão grande oportunidade, na verdade, a tal oportunidade foi a de dizer a Ele, pessoalmente, as linhas que você passará a ler.

Antes da leitura das linhas abaixo, quero deixar claro que a pessoa do cantor está resguardada, por sua humildade e submissão pastoral que demonstrou ao ouvir críticas tão pesadas. Este post é para deixar claro por quais razões nós não cantaremos seu sucesso de vendas e público "Faz um milagre em mim".

Todos quantos quiserem se apropriar destas razões o poderão fazer, desde que se sintam confortáveis com elas por entender que estas mesmas razões encontram suporte e testemunho nas páginas das Escrituras Sagradas.

A letra da música é muito conhecida. Vamos à análise então:

A música fala basicamente de Zaqueu, personagem bíblico que por causa de sua baixa estatura, subiu numa arvore para ver Jesus, que passava pelo caminho. A letra começa dizendo que quem canta, deseja fazer como e com a mesma motivação de Zaqueu, de modo a, por fim, receber mesma transformação milagrosa operada pelo Senhor Deus. O evangelista que registra esta história é Lucas. De livro do mesmo nome, no capítulo 19, você poderá conferir o registro inspirado desta história.Eis três razões básicas que dão motivos suficientes para interromper de imediato a cantoria desta música, se este for o seu caso:

1) O Conceito de Louvor a Deus. Louvor é somente a Deus? Louvar, segundo bons dicionários, nada mais significa que "falar bem", bendizer... Louvar é falar das características boas e amáveis daquele sobre quem falamos. Provérbios 31.28 deixa bem claro que louvor pode ser legitimamente direcionado ao ser humano quando admite que um marido pode e deve louvar sua esposa virtuosa. Se louvar é falar bem do louvado.... vejamos: A música "Faz um milagre em mim" não poderia, tecnicamente falando, ser chamado de louvor a Deus, porque não se fala bem de Deus em momento algum. Dizer que a frase "faz um milagre em mim" seja o louvor, não corresponde à verdade, pois nada sobre Deus é aludido, direta ou indiretamente, sobre Ele no texto da música.

No lugar disso, temos na primeira parte da música, até a ponte, cerca de 6 referência diretas ou indiretas, não a Deus, mas a MIM!!!! Observe:
Como Zaqueu (EU) quero subir, o mais alto que EU puder. Só pra te ver, olhar para ti (eu ver, eu olhar), e chamar tua atenção para MIM. EU preciso de ti Senhor... SOU pequeno de mais, ME dá tua paz, etc... Entra na MINHA casa, na MINHA VIDA, MINHAS estruturas, MINHAS feridas... Percebeu? A música não fala de Deus, fala de mim! Se é louvor, é louvor ao homem, que recebe merecido louvor por buscar a Deus como Zaqueu; por se empenhar em ser visto, de desejar uma mudança radical na sua vida, de se dispor a ser transformado por Deus. O personagem principal é o homem, não Deus!

O pior? O pior é que na contramão do louvor a Deus (falar bem Dele), a música fala mal, pois se "sou pequeno demais" que tenho que subir o "mais alto que eu puder" para que Deus me veja, estou dizendo sobre Deus o que? Que Ele é desatento, no mínimo! Que se eu não fizer por onde, corro o risco de ser ignorado por Deus, de não ser visto, de não ser alcançado pelo milagre transformador de Deus...

Este é o primeiro motivo pelo qual não se pode concluir que Deus use sua música para a Gloria Dele mesmo. Deus não é desatento, antes, se importa com menor dos homens e o maior dos pecadores. Ele é quem dá expressa permissão para um mísero fio de cabelo caia da minha cabeça. Se ele não quiser, ele não cairá... Um exemplo de louvor? Claro:

"Tu és Soberano! Sobre a terra, sobre os Céus tu és Senhor, Absoluto!
Tudo o que existe e acontece, Tu o saber muito bem, Tu és tremendo!
E apesar desta glória que tem, tu te importas comigo também.
E esse amor tão grande, Eleva-me, amarra-me a ti, Tu és tremendo!

2) Uma música para glorificar a Deus e ser por Ele usado para edificação do Seu povo deverá ser, necessariamente, bíblica. Isto não quer dizer que ela ter somente "palavras" que estejam na Bíblia, mas que a letra reflita com fidelidade a teologia e os ensinamentos bíblicos. As música mais modernas tem seguido na contramão deste princípio mais básico, tem cantado mentiras e ido contra a Revelação divina. No caso da música em análise, o problema é que ela diz que Zaqueu sobe naquela árvore para chamar a atenção para si. Mas a verdade que está registrada em Lucas é bem diferente.

A razão que motiva Zaqueu subir na arvore é tão somente sua baixa estatura. Zaqueu subiu na árvore porque era baixinho. Se assim não fora, ele não teria subido. Se a razão fosse chamar a atenção de Jesus pra si, qual é o motivo do registro da sua estatura? E porque esta razão tão óbvia, segundo a letra da música, não foi cuidadosamente descrita como os poucos centímetros de Zaqueu o foram por parte de Lucas? Será porque estes motivos não existem? O que se pode perceber no texto, por inferência, é uma leve surpresa por parte de Zaqueu, quando Jesus não somente o percebe, mas se convida para jantar em sua casa. Sem esperar por permissão, Jesus informa Zaqueu: hoje cearei contigo... Na música o cantor, que age em imitação a Zaqueu, pede que se entre na sua casa (inferimos que seja Deus, embora a letra não seja clara...), quando o registro bíblico informa o oposto. Sucesso não é permissão para inverdade!

3) A letra também carrega muitos impropérios teológicos. Impropério é uma palavra rude, um chingamento que deprecia a coisa. Quando digo que é um impropério o que se diz, quero dizer com isso que as expressões não são legítimas, quando observados por um ângulo bíblico-teológico. Os pedidos que são feitos na música são visto como textos fortes de grande devoção, mas não passam de loucuram que, Deus em sua misericórdia, não atende. Se Deus entrasse em nossa vida e abalasse as estruturuas, como ficaria sua vida? Como foi quando isso aconteceu com você? A música pressupões que o homem tem condição de chamar a atenção de Deus para si. Considera possível que a permissão é tudo o que impede Deus de mexer com nossa vida. A música não é direta com respeito ao que Deus pode ou vai fazer na vida de quem pedir o pedido e for atendido.

Bom... confesso que este último motivo é um apanhado de pequenos micro motivos. Suficiente mesmo é saber que a música está interessada em ressaltar o eu e despreocupado em ser fiel ao texto bíblico. Preocupante é saber que nem todos que enxergam assim deixariam de cantar as notas musicais que carregam esta letra... O que mais uma música moderna precisa ter ou fazer para não merecer que a cantemos?

Voltaremos em breve com mais análises e mais cânticos. Prossigamos cantando, afinal, queremos cantar o que vivemos e viver o que cantamos, e seja nosso riso ou pranto, viver e cantar!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sobre Cânticos e Louvor

Como combinamos, vamos começar uma série de textos que abordam princípios bíblicos para a adoração. Esta série tem o objetivo de analisar biblicamente os cânticos com os quais adoramos ao Senhor. Repensar a presença de algumas músicas no cancioneiro eclesiástico será um exercício por vezes dolorido, por vezes engraçado, algumas vezes sério ou até tranquilo, mas uma coisa é certa: absolutamente necessário.
É imperativo que a Igreja de Cristo reconheça sua necessidade de obediência aos preceitos divinamente revelados por Deus neste área em particular. A Igreja moderna parece esquecida sobre o que Deus disse de si mesmo e o desejo de como quer ser adorado, que Ele revelou na Sua Palavra.
É imperativo porque a razão da existência da Igreja é a glória do seu Deus, e não a sua própria. A Igreja só goza de alguma glória quando vive para a Glória daquela que a criou. É imperativo porque a Igreja de Cristo vem cantando muita besteira, mentira e falsidades, sob o pretexto do momento, da atualidade e ultimamente da beleza estética. Por estético estamos falando de coisas como beleza sonora, ou então características tais como ritmo alegre ou coisas que tais.
Estabelecemos desde já que a música é serva da letra! Com isto, dizemos que cada melodia deve adequar-se à mensagem da letra, e não a desmentir. Mas quando a letra e a música estão unas, coerentes e coesas, mas a letra não é bíblica?
A resposta já sabemos: não devemos cantar! Entretanto, a dúvida não mora aí... não é? Mas em saber qual das músicas do universo cantável podemos cantar, sem contradizer nossa fé (?).
Para isso que esta série se presta: para deixar claro que músicas devemos, ou deveríamos cantar, e quais não.
Para uma leitura inicial, recomendamos que se dê uma olhada aqui. Há uma pincelada interessante sobre o hit evangélico do momento, cuja análise e comentários nós teceremos em breve, neste blog.
Por hora, nos preparemos para o que virá, pois coisas terão que mudar, não para se adequar a qualquer gosto que não o do Senhor da Igreja, seu Criador e Redentor. toda mudança será bem vinda de cooperar para que a Igreja caminha na direção da pureza, retidão e obediência. Nos despedimos na expectativa de que Deus use este canal para a edificação da Sua Igreja e para Sua própria glória!

o pastor, rev. Jônatas Abdias

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

26ª Conferência Fiel - O Caminho de Deus

Como já avisamos na nossa igreja nos do dia 18 a 22 de outubro a Editora Fiel realizará a 26ª Conferencia Fiel para Pastores e Líderes, o tema desta conferência é O Caminho de Deus. os palestrantes da conferência deste ano são homens e mulher de grande capacidade teológica e grande dedicação ao ensino da palavra de Deus. Os palestrantes serão: Dr. Steven Lawson, Dr. Joel Beeke, Pr. Thabiti Anyabwile, Pr. Luiz Sayão, Dr. Don Kistler, Martha Peace. Também havera a livraria com livros com o desconto de até 55% de desconto. Como muitas pessoas tem perguntado qual livros recomendamos decidimos então recomendar alguns aqui no blog da nossa igreja e ja informar os preços de alguns deles.
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Homens

HOMENS FORTES - Um guia biblíco para liderança familiar
Homens cristãos acham frequentemente a tarefa de liderança familiar tão desanimadora, que evitam se envolver, deixando a esposa e os filhos com a impressão de que não se importam muito ou não querem liderar – quando o cerne do problema simplesmente está em apavorar-se com a responsabilidade da tarefa que Deus lhe confiou.  Este livrete de John Crotts foi escrito na esperança de promover um estímulo para homens que têm relutado em tomar o centro da liderança espiritual da intimidade com Cristo, na amorosa liderança servil.
R$ 11,00   ------ Homens Fortes

AS Firmes Resoluções de Jonathan Edwards

Com a finalidade de apresentar um exemplo de vida cristã fiel, apaixonada e com um firme propósito, o autor pinta nesta obra um retrato do pastor e teólogo do século XVIII, Jonathan Edwards, o qual estruturou seu relacionamento com Deus, compondo e seguindo setenta resoluções capazes de sondar o coração. Edwards, geralmente lembrado pelo seu sermão "Pecadores nas mãos de um Deus irado", é revelado aqui como um homem que tinha um coração voltado para a glória de Deus acima de todas as coisas. A fim de ajudar a si mesmo na busca desse objetivo, ele compôs um conjunto de resoluções para guiar sua conduta em todas as áreas, desde sua batalha contra o pecado até ao uso que fazia de seu tempo. Na sincera busca de Edwards por Deus, vemos um incomparável exemplo para os cristãos da atualidade.

R$ 16,00   ------ As Firmes Resoluções de Jonathan Edwards
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Mulheres
EXPOSA EXCELENTE - Uma perpectiva Bíblica
A Esposa Excelente é uma leitura obrigatória para mulheres, em nossos dias. Este livro é bem-vindo primeiramente por ser fundamentado nas Escrituras, exposto de forma prática e bem elaborado para mulheres de hoje. Em suas páginas, achamos um retrato detalhado de uma esposa cristã. O padrão é elevado e santo; Martha, porém, demonstra que, pela graça de Deus, esse padrão é atingível. Muitas das mulheres têm pedido um livro que trate especificamente da vocação delas e fale sobre as questões que elas enfrentam. Bem, eis o livro, senhoras! Leiam-no, meditem nele e apliquem-no à vida. E poderão ser transformadas pela graça de Deus.

R$ 19,00     -----  Esposa Excelente


MULHERES EM APUROS - Soluções bíblicas para os problemas que as mulheres enfrentam
Abordando assuntos que vão desde a fofoca e a difamação até tensão pré-menstrual e legalismo, Martha Peace, autora do best-seller Esposa Excelente, oferece discernimento bíblico sobre problemas que as mulheres enfrentam. Este livro claro e sincero oferece soluções práticas em formato ideal para leitura pessoal ou em grupo de estudo.
"Mulheres em Apuros revela com clareza princípios de Deus para lidar com os problemas comuns que as mulheres enfrentam - primeiramente, com as outras; depois, consigo mesmas. Por meio destas páginas, você será estimulada a analisar honestamente os problemas à luz das Escrituras e, em seguida, formular aplicações práticas que glorificam a Deus" - PAT ENNIS, professora, The Master"s College.

R$ 19,00     -----  Mulheres em Apuros

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domingo, 10 de outubro de 2010

Mensagem do Campo Missionário

Olá irmãos, pastores, amigos e familiares, paz.


Nem parece que aconteceu, mas aconteceu...
Nem parece que foi comigo, mas foi...
Aconteceu ontem às 20h aprox. na estrada entre Porto Velho e Humaitá.
Numa das nossas tão comuns viagens rápidas à capital rondoniense;
Como de praxe, "foi tudo muito rápido"; dois bois saltaram para o meio da pista repentinamete
e colidimos a uns 100-120km/h aprox. O impacto nos lançou para a pista contrária(como pode-se observar
nas fotos, o animal se chocou do meu lado, o do passageiro.), na qual vinha um caminhão bi-trem, que por pura misericórdia
de Deus não nos atingiram e ainda nos prestaram socorro.
Felizmente ninguém sofreu maiores danos(estávamos de cinto de seurança) e hoje lhes conto a história.
O carro ainda está aqui na missão e todo vez que olho ele, ainda não acredito no que vejo...
Deus tem algo ainda para minha vida, pois Ele teve uma ótima oportunidade de...
Só quero lhes agradecer pelas tão preciosas orações... obrigado!


Nildo.




sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Mas antes... vejam só!

Na tarde de ontem fui supreendido com um convite para participar do programa da RIT chamado "Vejam só!"

Visto como uma oportunidade de divulgar a verdade da Palavra de Deus, aceitei o convite.

Mas televisão é isso, não: muitos assuntos, pouco tempo. Embora tudo tenha corrido em bom clima e o debate tenha sido sadio, gostaria de compartilhar um pouco do que aprendi sobre o precioso texto debatido.
O convite era para responder a uma pergunta: "já estamos vivendo a era de Apocalipse 6.8?" Aqui não pret
endo me ater ao tema e responder a pergunta. Isso foi feito no programa. Mas compartilhar o texto apocalíptico que muito enche de esperança nosso coração crente. Espero que a minúcias do texto sirvam para elucidá-lo. Rogo a Deus que a quantidade de detalhes exegéticos e provas textuais não tolde a glória da revelação bíblica.

Antes de entrar propriamente no texto, é bom lembrar que a Escritura sagrada não nos foi dada para saciar nossa curiosidade. Antes é a revelação graciosa de um Deus bondoso que quis se fazer conhecido ao seu povo. Nela, Ele revela Seus planos e propósitos para que nossa fé encontre fundamento e nossa esperança encontra sustentação.

Assim é o livro de Apocalipse, um livro de esperança e consolo em meio à provação!

João, o escritor do livro, com seu estilho peculiar, endereça sua obra a uma igreja perseguida e sofrida pela dor e provação. Nesta época de grande perseguição civil e religiosa, que causava grande dor aos cristãos, João oferece um livro cujo propósito é confortar a Igreja militante nas lutas contra as forças do mal. O tema é a vitória de Cristo e de sua Igreja sobre o dragão (Satanás – a antiga serpente) e seus seguidores. Este tema é de grande consolo para o crente, porque é aqui que ele aprende que em Cristo ele é mais que vencedor (Ap 8.37).

Uma interpretação sadia do livro deve ter seu ponto de partida na posição de que o livro foi escrito à primeira vista para os contemporâneos de João. Isto equivale a dizer que o livro é a resposta de Deus às orações e lágrimas dos cristãos severamente perseguidos e espalhados pelas cidades da Ásia Menor.


Quase nada das linhas que você lê não pode ser encontrado em bons comentário e Bíblias de estudo. Não os citaremos aqui por uma questão de espaço, mas sabemos se sua existência e importância, de quem somos devedores de muitas ideias. Continuando...
As visões dos selos estão na segunda seção divisória natural do livro. Ele é divido em grandes seções somando um total de sete.

À partir do capítulo 4, João é convidado para, diante da visão do trono, observar de cima os acontecimentos que lhe serão revelados. O ângulo pelo qual João está observando os fatos não é inicialmente o melhor . É o ângulo humano, que observa segundo seus próprios parâmetros.

João é convidado a observar os acontecimentos do ângulo do Trono. Lá ele encontra uma riqueza de figuras que apontam para a majestade do Trono que governa tudo e todos. A partir daí os capítulos descrevem o universo todo da perspectiva do céu. O propósito dessa visão é nos mostrar, com maravilhoso simbolismo, que todas as coisas são governadas pelo Senhor em seu trono. As “todas as coisas” devem incluir nossos necessariamente provações e tribulações. Esse é o ponto! A segurança proveniente desta verdade deve dar conforto ao crente em meio a ferozes provações. É por isso que a visão do universo governado pelo Trono precede a descrição simbólica das provações pelas quais a Igreja deve passar, descritas no capítulo 6 a partir do segundo selo. Observe que bela organização João nos oferece!

A abertura dos selos:

Falando especificamente de Apocalipse 6.8, essas calamidades caracterizam um período indefinido anterior à segunda vinda. Até aqui não há novidade, pois em seu ministério Jesus já havia dito, conforme registra Marcos 13.6-8, que seria assim. A mensagem de João ao descrevê-los é alertar as sete igreja quando ao depositar sua confiança na paz e prosperidades supostamente alcançadas pelos governos terrenos. Antes, tal confiança alcança plena habitação em Deus e em Suas promessas de um novo mundo. No contexto, João chora copiosamente em angústia e ansiedade diante do fato de não haver quem possa abrir os selos e dar prosseguimento à execução dos planos do Altíssimo. As lágrimas de João são estrategicamente mencionadas aqui porque a esperança e alegrias renascentes que a aparição do “Cordeiro como tendo sido morto” causa é o próprio efeito final que a consumação do século e o dia de glória tratá (Ap 5.4-6; Cf Ap 7.17); contudo, a mensagem de esperança é que este benefício pode ser experimentado antes do dia final e durante a manifestação dos efeitos da abertura dos selos (tribulações, guerras, fomes e morte). O Cordeiro tinha o poder e a plenitude do Espírito necessários para abrir os selos, e ele o faz com toda a autoridade que lhe é dada. Os selos são julgamentos que representam a mão punitiva de Deus sobre um mundo rebelde.

Sua cor, amarelo esverdeado, indicativo da palidez e feiúra da morte, se deve justamente à sua missão e ao seu cavaleiro. O cavaleiro, a Morte, trará grandes males. Sua autoridade para fazer este estrago é, primeiramente uma concessão. Não se pode fazer qualquer coisa a qualquer um, mas simplesmente matar somente a quarta parte da terra, ou seja, ela tem função específica com limites bem delineados! Estranhamente a palavra que lemos aqui não é assassinar, mas matar. diferente do verso 4, que a palavra é assassinar. Outra coisa importante de notar é a arma da morte. Ela é diferente da arma do cavaleiro vermelho. Sua espada é maior e pesada, diferente da leve e cirúrgica espada romana, que todo cristão perseguido conhecia bem. Esta última espada, chamada de Machaira é a que João escreve no verso 4, e a outra espada, a Romphaia, é a arma deste lúgubre cavaleiro.

Também neste selo, além da espada (guerra), a fome, a peste (mortandade) e bestas-feras são mencionadas como seus instrumentos de assassínio. João revela que as vicissitudes e tristezas típicas da vida, num mundo caído, a que todos os habitantes da terra estão sujeitos, também alcançarão os crentes. Embora eles sejam duramente perseguidos, não haverá alívio das contingências daqueles que habitam um este mundo rebelde contra Deus.

Entretanto, a vida de paz lhes sobrevém sabendo que, primeiro, quem abre este selo e controla as ações da morte é ninguém menos que o Cordeiro. E a abertura do selo, o quarto de sete, é um sinal que aponta para o cumprimento final dos propósitos redentores de Deus. Estes acontecimentos estão no seu plano e não são forças incontroláveis, antes elementos que certificam o crente que se estas evidências estão presentes, então isto significa que Deus está a operar Seu querer e Seu bom plano no mundo rumo ao sétimo selo, a redenção final e gloriosa!

A mensagem de consolo de João é também um aviso: O crente não será isento de sofrimento, mas nele experimentará salvação. E mesmo estando sujeito a tais coisas, terríveis sim, primeiro: não são eternas, segundo: estão debaixo do poder e autoridades do Cordeiro, terceiro: não nos deve pegar de surpresa, quarto: aponta e certifica que Cristo está voltando.

Quando virmos tais coisas ao nosso redor, não nos maravilhemos como se coisa extraordinária houvesse, mas nos regozijemos com a maravilhosa mensagem de João: Está próximo o dia da sua redenção! Suporte com resiliência a provação, para que, depois de tendes vencido tudo, permanecer inabalável.

Deus te abençoe!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Nova série de postagens


Por mais que os tempos clamem por assuntos políticos, aqui resistiremos bravamente contra esta tendência, uma vez que já temos tido bastante orientação deste tipo de vários canais, inclusive em nossas reuniões.
Aqui, como sugerido, vamos abordar outra questão, que se não é tão urgente quanto, é mais: músicas evangélicas e suas letras.
Sei que o assunto é polêmico, e como bem dissemos: por isso é importante! Continuará a ser polêmico se não tratarmos de maneira séria e bem fundamentada. A menos que saibamos o que a Palavra de Deus tem a dizer, como nos posicionaremos frente aos assuntos polêmicos? Ele não sumirão ou se resolverão se não os enfrentarmos...
Para nos preparar para tratar destes assuntos, compartilho uma pérola que um amigo me mandou. Está traduzida do inglês e é bem interessante. Acompanham meus comentários. Uma adaptação final será preciso para acomodar-se à realidade brasileira. Segue abaixo:
"Os Solas da igreja Moderna"

1. Sola Cultura A Cultura define a pregação bíblica. Os púlpitos se tornaram reféns da platéia. A voz profética calou-se para coçar os ouvidos secularizados dos ouvintes. O evangelho é domesticado para atender às expectativas culturais do povo.

2. Sola SuccessaSucesso numérico sempre determina a verdade e o contentamento. O sucesso não é medido pela nível de pureza e fidelidade Às EScrituras, mas pela quantidade de cabeças presentes a uma reunião, ou pela quantidade de nomes escritos numa lista de colaboradores financeiros. Sucesso se torna o alvo da Igreja, e não alcançar vidas com o poder transformador do evangelho.

3. Sola EntertainaRir é o melhor remédio. A doutrina precisa sair. Entretenimento é o que define a igreja, em sua missão e ação. Entretenimento passa a ser o alvo e a proposta da Igreja. Se foi bom, divertido e me senti bem, diz o participante, então a Igreja é boa! Alegria, Alegria, grita o pregador, não mais fé e arrependimento.

4. Sola MeoVenha ao encontro das minhas necessidades. Como um moto modernos, necessidades supridas é o clamor das gentes, e a Igreja moderna busca atendê-las. O "eu" é exaltado, é a preocupação principal e primeira da Igreja. A possibilidade de ofensa ao "ego" (eu em grego) inspira cuidados. A religião é centrada no homem e em suas necessidades sentidas, e não exatamente as reais.

5. Sola EmotionalaEmocionante, amigos e amigas! Sensacionalismos e emocionalismos desmedidos são proclamados como espiritualidade profunda. Pregações chorosas e com voz embargada, de conteúdo raso e que apela tão somente às emoções. Não é um apelo à emoção que decorre da descoberta de verdades que enchem a alma, mas produzida por frases de efeitos e fundos musicais melódicos que conduzem ao choro e expressões românticas sem efeito durarouro.

6. Sola StupidaPensar não é permitido. Sem credos/Confissões, liturgias, doutrina, hinos ou referencial histórico qualquer. Qualquer expressão de ordem é entendida com falta de espiritualidade. o moto é: a letra mata e o espírito vivifica. Significados e estudos profundos nas Escrituras Sagradas são repudiados e qualquer indicação de liturgia é entendida como engessar da ação do Espírito, como se tal fosse possível. A falta de conhecimento é exaltada como liberdade e a ignorância como expressão de leveza e tranquilidade. Não conhecer e continuar sem conhecer não causa incômodo, pelo contrário, é bem vista e até desejável.

7. Sola Apostola--O apóstolo é o cara! No final, a glória fica nos bolsos humanos. Um homem é considerado como "o cara", isto é, como a pessoa mais isto ou aquilo. Homens são admirados e honrados, mas da maneira errada. Não como servos fiéis a Deus, mas como deuses menores que controlam as benesses do Deus dos céus. O pastor (ou equivalente) é visto como o fim e o líder maior da Igreja. Seus erros não são criticados e sua postura está sempre certa, seja qual for.

Queridos, estas linhas acima em alguma medida definem nosso tempo. As músicas que vamos estudar aqui são de alguma forma reflexo disso. Cremos que a música na Igreja não é um problema, mas evidencia este!
Busquemos fidelidade à Palavra de Deus, segundo a qual todos nós um dia seremos julgados!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Pregação Salmo 150 Igreja Tai An

Espero que apreciem! Esta mensagem foi dada na igreja chinesa. Algumas situações aludidas só fazem sentido para quem esteve lá. Contudo, espero que apesar destas alusões aos momentos históricos que lá passávamos, a mensagem do Senhor, que é para todas as épocas e situações, lhes abençoe o coração.


Aliás, na minha particularíssima opinião, este texto é um dos mais desafiadores para a cristandade moderna. Espero que entendam que meu argumento no Salmo 150 se refere tão somente a ele. Há mais o que falar sobre o assunto, mas sobre o Salmo, isto é tudo o que tenho a oferecer...

Clique e Assista Video Salmo 150

abcs e que Deus os abençoe!
 
Rev. Jônatas Abdias

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Consumido pelo Consumismo

"Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida (ITm 6. 17-19)."
Como é bom comprar!
Como é bom poder sair às compras e ver que se pode gastar o quanto se quer!
Imaginemos não ter um limite tão apertado num cartão de crédito!
Comprar, comprar, comprar...
Por mais que uma pessoa viva numa situação financeira difícil, procura de todas as formas, adquirir aquilo que tanto deseja, mesmo que isso lhe traga frustrações futuras como, por exemplo, não saber como pagar.
Essa é uma das características que marcam o pós-modernismo.
Somos avaliados pelo que temos, e não pelo que somos. Frequentemente, nos sacrificamos porque queremos, a todo o custo, uma identificação com um meio que nos exige a toda hora e, apelativamente, a prova de que também podemos ter. Essa é uma das armadilhas do pós-modernismo: o consumismo.
Mas o consumismo ou o desejo obsessivo de possuir, também revela algo preocupante para o qual nem sempre estamos atentos, qual seja, o prazer de viver um existencialismo que nos tira qualquer preocupação com o amanhã. O que importa é o agora, o hoje. Precisamos esgotar todas as formas de prazer no agora. O pós-modernismo traz em si a sensação de que se eu não aproveitar a vida agora, não posso alcançar a felicidade porque, para o homem pós-moderno, ninguém pode ser feliz por completo. A felicidade é apenas um estado de espírito que rapidamente vem e vai, deixando a sensação de vazio e frustração.
Diante disso, nossos ouvidos e olhos são bombardeados diariamente por propagandas que nos convencem a comprar, comprar e comprar.
Acontece, porém, que esta tendência tem minado também a nossa forma de vivermos para Deus. Sim, porque na sociedade de hoje, tudo é descartável. Queremos momentos prazerosos que nos tragam, a qualquer custo, muitas emoções; que façam com que nos esqueçamos de nossas fraquezas espirituais, nossa mediocridade no culto a Deus. Podemos afirmar que essa ideia de consumismo tem afetado negativamente nossos cultos. Queremos novidades e que elas, de preferência, nos emocione. Não temos paciência com formalidades. Quanto mais livre melhor. Deus passa a ser apenas amor e, se Deus é amor, jamais disciplinaria alguém. Não há, portanto, razão para uma mudança radical de vida. O importante é que eu frequente uma igreja que me faça bem e que não interfira na minha forma descompromissada de viver.
Certamente, isso é também um tipo de consumismo porque, segundo o significado da própria palavra, o que compro hoje, amanhã pode não mais ter valor algum. Na igreja também, o que ouço hoje, não serve para "o domingo que vem”. É preciso sempre inovar.
Mas por que isso é tão preocupante?
É preocupante porque temos nos esquecido de voltar à Bíblia todos os dias, a fim de buscarmos nela lições que ficaram, muitas vezes, abandonadas ou sufocadas nos nossos interesses pessoais. Esquecemos que a razão da nossa existência é viver para Deus. Tudo o que fazemos ou pensamos, ou mesmo adquirimos, vem de Deus.
Portanto, necessário se faz um despertar urgente para aquela velha-nova verdade que nos ensina que “quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”(I Cor 10.31).
O próprio Senhor Jesus deixou bem claro em Mateus 6.25-34 que não devemos andar ansiosos pela nossa vida quanto ao que havemos de comer ou beber ou mesmo vestir.
Por isso, estejamos felizes com o que o Senhor tem nos oferecido diariamente. Nossa vida deve ser conduzida segundo os princípios revelados na palavra de Deus.
Crendo assim, não seremos enredados por tendências e hábitos de uma sociedade corrompida e indiferente ao seu criador, que insiste numa existência sem rumo e marcada pelo prazer fugaz.

Seminarista Jair Quirino

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Espanha segue rumo à final: HUMILHAÇÃO PÚBLICA

Nem bem fez um dia que escrevi sobre a perdição e cegueira espiritual dos cativos do pecado que, sem Deus buscam saber o futuro, eis aí mais um drible divino que desconcerta o ídolo do coração rebelde.
Eu, como o médium que apareceu no programa televisivo, aquele da ave falante, críamos que na final desta copa teríamos a Holanda e a Alemanha. Eu, contudo, não ousei fazer de meus achismo futebolísticos, sina ou previsão. Os mantive onde deveriam estar: no campo dos achismo... Mas o médium... este não. Como ele acertou alguma coisa, por sorte ou coincidência, fez a sua mágica geológica e lendo em seu pó de giz afirmou para a espírita que apresentava o programa que as chances estavam maiores para a Alemanha. Eu também achei... mas para achar não precisava consultar os mortos, a terra, as forças místicas nem a conjunção dos planetas...
Bom, garantias feitas que o seu método era mais confiável que o do jogador... de búzios, mais uma predição: Alemanha e Holanda!Este é o momento apropriado para a seguinte manifestação: hahahahhahahahhahahahahhahahahahhahahahahahhahahha!
Deus provou mais uma vez sua singularidade e, controlando os destinos com mão poderosa, humilhou sem dó os deuses estapafúrdios dos rebeldes idólatras, frutrando mais uma de suas predições garantidas e infalíves... rs
Somente Deus é infalível. Somente Deus não frustra. Somente Deus é Deus.
Humilhante!!! Agora, depois do inesperado resultado (que era possível... jogo é jogo); curioso espero para ver com que cara a apresentadora se apresentará...
Nestas horas eu gostaria de ser o rapaz do boneco galinácio: não teria que colocar a cara na tv e, com feições "sem graça" dizer que "falhou de novo"; bastaria colocar o boneco lá na estante e sair de fininho ou não abrir a boca; afinal, bonecos, como os ídolos, não passam vergonha, não ouvem, não sentem, não respondem, porque tem boca e não falam, tem olhos e não vêm, tem ouvidos e não ouvem.
O que resta agora? Somente o corar de vergonha!!!

"E publicamente os humilhou na cruz, cancelando o escrito de dívida que havia contra nós" - Apóstolo Paulo.

Maranata, vem Senhor Jesus!

terça-feira, 6 de julho de 2010

O Brasil perdeu... e agora?



A copa do mundo de futebol acabou para o Brasil. O retorno dos "guerreiros da cerveja famosa" faz, agora, com que o pais retorna à normalidade e acompanhe, de longe de desinteressadamente o final do campeonato. A propaganda oriunda da mentalidade de "auto-ajuda" diluída em comércio de bebida, agora nos parece patética; mas sempre foi...
Ok, o Brasil perdeu, e agora?
Bom, agora nós queremos ver todos aqueles médiuns e videntes que garantiram a presença do time brasDesde já vos digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais que EU SOUileiro na final do campeonato!
O que aconteceu foi o seguinte: quando o Brasil passou para a fase do "mata-mata", uma apresentadora famosa na televisão, que costuma apresentar-se acompanhada de sua ave de estimação; procurou cartomantes e videntes para saber do futuro. Um desses, que se disse mestre na arte de ler os búzios compareceu e após leitura mística dos mesmos garantiu: "O Brasil tem 99% de ganhar a copa, e a final será entre ele e um time africano". Hoje a mesma apresentadora resolveu humilhar, com razão, o médium que fez a promessa, reapresentando trechos da entrevista. Ele, se foi chamado, não compareceu para dar explicações, afinal, depois de ter dito todas as asneiras que lhe deu vontade, garantiu na mesma hora: "nunca errei!".
Diante desta fato tragi-cômico, o que se esperava era a compulsória, óbvia e certa confrontação do mentiroso enganador com o público espírita enganado. Que explicações ouviríamos (ou ouviremos?)??? Mas o que aconteceu no final?
Hoje pela manhã, mulher e ave de pano no lugar de humilhados (embora sem graças) buscarem auxílio na verdade e confessarem que os búzios mentem, são falsos e que toda este espiritualidade de nada valhe, na busca por redenção, descobriu um geomancista (sabe-se lá o que é ler o destino na terra e pó de cristais, mas...) que acertou o veredito sombrio sobre o time de Dunga. Mais uma vez, numa nova investida idólatra, ouçamos o que o tolo tem a dizer...
Esta é, leitor, a situação espiritual daquele sem Deus. Sua rebeldia é tão intensa que, diante da falha e frustração tão constrangedora que seu ídolo místico lhe faz passar, o que se faz é buscar por outro, que parece saber mais que o anterior. Deus, bíblia, evangelho? Nada disso, trocamos um ídolo por outro.
Por isso que o estudo diligente e intenso das Escrituras se faz mister. Os enganadores estão por aí e cada um mais disposto a tomar o lugar daquele que falhou, até que ele mesmo falhe... A Bíblia proíbe tais coisas, mas seus ouvidos estão tampados e seus olhos cegos.
E agora? Agora eu quero ver só... Cade os sábios deste mundo, cade o profeta, cade a verdade... Humilhados videntes deste mundo, sofram diante do que Jesus disse antes de seu martírio, que conforme previu aconteceu:

"Desde já vos digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais que EU SOU" Jo 13.19

Deus vos abençoe...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Deus que Sempre Fiel

“Saberás, pois, que o Senhor , teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos” (Deuteronômio 7.9).

“Às vezes, você faz tudo certo, leva os filhos à igreja, confia em Deus... e da zebra! ”. Esta não é uma frase imaginária ou hipotética. Infelizmente, temos ouvido frases que tais não somente de pessoas “decepcionadas” com Deus, mas até de pastores (como é o caso da frase supracitada), que pretendem através desta injunção, explicar o que para eles é um “verdadeiro” paradoxo do cristianismo. Para alguns, a verdade se lhes mostra neste “paradoxo” que retrata muito bem a realidade vivida por muitos que o escutam, e havendo lutado por anos com a situação, agora encontraram alívio libertador: a verdade é que pode “dar zebra”! O paradoxo da salvação é a inesperada zebra que advém ao sincero coração daquele que, exausto nos seus afazeres, foi frustrado porque confiou em Deus...
Entretanto, Deus se apresenta sempre fiel; bem diferente deste deus descrito acima. Apresentar o Deus Fiel talvez não dê o mesmo “alívio” ou as mesmas escusas que a tacanha apresentação anterior, mas encherá seu coração do verdadeiro júbilo e do santo temor!
Em Deuteronômio 7.9, Moisés incita o povo a obedecer (guardar) a aliança que Deus faz com eles, para que provassem de uma faceta do caráter de Deus – era importante que eles obedecessem à aliança, pois o Senhor demonstrar-se-ia fiel para com aqueles que o amassem, amor demonstrado em obediência à lei. Moisés não se preocupa em definir ou provar que Deus seja fiel, apenas lhe diz que em vista do cumprimento da promessa feita, a entrada em Canaã não deixaria dúvidas que o Deus da aliança, o nosso Deus, é O DEUS FIEL.

O Deus Fiel

Deus neste texto é chamado de fiel. A idéia básica da raiz é a de firmeza ou certeza. No tempo verbal que se apresenta tem o sentido de “ser estabelecido”, somado às implicações do particípio, tem o sentido de “ser fiel, certo, dependente”, e descreve tanto os que crêem, como também é usada para descrever aquilo sobre o que toda a certeza descansa: o próprio Deus e sua aliança. Esta palavra tem raiz comum com a palavra “amém”, que aponta para a certeza absoluta que Deus ouve nossas orações “conforme o seu poder que opera em nós”.
Quando estudamos os vários contextos em que a palavra hebraica para veracidade ou fidelidade aparece, torna-se evidente que não há verdade no sentido bíblico do termo, i.e., verdade válida, fora de Deus. Toda verdade procede de Deus e é verdade porque está relacionada com Deus. Não sem razão Agostinho afirma que “Toda a verdade é verdade de Deus”.
Deus é chamado fiel em virtude de Ele estar sempre atento à Sua aliança e cumprir todas as promessas que fez ao Seu povo. Deus é o estabelecedor dos pactos com o seu povo. Essas promessas pactuais são fiéis e verdadeiras, porque o Deus fiel e verdadeiro fora quem as estabeleceu e garantiu.
Essa fidelidade de Deus é a base sobre a qual toda a esperança repousa, e a causa do regozijo do povo de Deus. Berkhof salienta que esta característica de Deus, a fidelidade, “os salva do desespero ao qual a sua própria infidelidade facilmente os poderia levar, dá-lhes coragem para prosseguirem, a despeito de todos os seus fracassos, e enche os seus corações de jubilosas antecipações, mesmo quando estão profundamente cônscios do fato de que perderam o direito a todas as bênçãos de Deus. Deus não recua nas suas promessas pactuais. Ele as cumpre cabalmente porque é da sua essência ser fiel à palavra que empenha” (Teologia Sistemática , Louis Berkhof, p. 68 ).
“O homem pode falar a verdade, mas Deus é a verdade. Ele não pode ser diferente. Se Ele fizer alguma coisa que não corresponda à verdade, ele se nega a si mesmo, deixando de ser o que é” (O Ser de Deus e seus Atributos – Herber Carlos de Campos, Cultura Cristã, p. 240. ). O Senhor Deus não é como os deuses das nações, criaturas imaginárias, produto de abstrações de filosofia morta. Não, ele é Deus, Deus de fato, único Deus, o Deus fiel; capaz e pronto não somente para cumprir suas próprias promessas, mas a responder todas as expectativas de seus adoradores, certamente mantendo sua aliança e misericórdia.
Isso nos faz alistar algumas implicações, tais como o nosso premente dever de guardar a aliança. O Senhor pede que sejamos fiéis e verdadeiros no cumprimento da parte que nos cabe da aliança. A aliança apresenta algumas ordenanças ou mandatos, os quais foram colocados ao nosso dispor para nosso crescimento e bem-aventurança. Numa aliança tal qual a que estamos com Deus, não existem reivindicações ou negociação de qualquer natureza; o Senhor da aliança apresenta soberanamente os deveres dos aliançados. Entretanto, a aliança que o Senhor firmou conosco é também uma aliança de amor. Deus vem ao homem motivado pelo seu inexplicável amor. A guarda ou observação desta aliança demonstrará o amor que temos para com Deus. Deus exige de nós obediência, e o faz desde o Éden, fazendo-o até a volta de nosso Senhor.
Uma outra implicação a ser levantada é a bendita verdade que “nEle a gente pode confiar”. “Deus é veraz. Ele não pode enganar ninguém, não pode falhar na sua palavra e, como conseqüência, ninguém pode duvidar dele”. (O Ser de Deus e seus Atributos – Herber Carlos de Campos, Cultura Cristã, p. 243. ). Ninguém poderia ter certeza de nada se não houvesse a fidelidade de Deus (Hb 6.18). Somente uma pessoa veraz pode ser tomada como fidedigna. Deus é digno de confiança porque é sempre verdadeiro no que diz, ele é sempre fiel. Isto nos leva a descansar no Senhor, pois a todas as promessas, Deus proverá cumprimento. Ele é absolutamente confiável porque é absolutamente fiel. Em resumo, as “Caixinhas de promessas” se vendem aos montes, para que sejamos sempre lembrados das mesmas. Entretanto, mesmo que você as ignore, Deus nunca se esquecerá de nada que prometeu. As promessas, Ele cumprirá, mas e nós, temos cumprido a parte que nos cabe?
Uma última implicação: Com Deus nunca ficamos desapontados. “Deus não desaponta a ninguém. Ele sempre responde às nossas expectativas, quanto às suas promessas, porque não é homem para mentir. Tudo o que diz cumpre” (O Ser de Deus e seus Atributos – Herber Carlos de Campos, Cultura Cristã, p. 244 ).
Deus nunca frustrará o coração ansioso por alívio, que anela encontrar a verdade. Ao esperarmos em Deus, descasamos na certeza que Deus confirmará suas palavras, cumprirá nossas expectativas quanto ao que diz e não nos decepcionará. O “dia mau” pode vir, porque podemos fazer coro com o salmista quando diz “Firme está o meu coração, ó Deus! Cantarei e entoarei louvores de toda a minha alma... Porque a cima dos céus se eleva a tua misericórdia e a tua fidelidade, para além das nuvens” (Sl 108.1,4) .
Existe um principio da hermenêutica que diz que a Bíblia é infalível, e não se contradiz; se não consigo ver a relação do texto com o restante da Escritura, o erro ou a ineficiência, é culpa minha, não do texto. Apliquemos o mesmo princípio aqui: Deus é infalível e absolutamente verdadeiro e fiel. Se minha vida não encontra relação com as bênçãos de Deus, a culpa é minha e não de DEUS: (Rm 3.3-4). Deus sempre é fiel, mesmo em face à nossa obstinada infidelidade embrutecida pelo pecado (cf. 2 Tm 2.13).

Conclusão:

Em Deus não existe Frustração; o que não é necessariamente bom, em termos de benefícios a nós homens. Deus é exatamente fiel, e Deus será fiel, seja no cumprimento de suas promessas, seja no cumprimento de suas ameaças. Deus nunca disse que seria somente fiel às promessas benditas, mas sim, que seria fiel à aliança. Na mesma aliança de amor e responsabilidade, o Senhor apresenta bênçãos que decorrem do amor obediente e maldições que decorrem da recalcitrante desobediência (cf. Dt 28).
A aliança é monergista na sua autoridade, manutenção e validação. Mas existem condições que o Senhor estabelece para que provemos sua boa e agradável vontade: “Observai os meus estatutos, guardai os meus juízos e cumpri-os; assim, habitareis seguros na terra” (Lv 25:18).
O que está grosseiramente equivocado na assertiva inicial, não é a “zebra”, mas o “fazer tudo certo!” Não fosse a misericórdia de Deus, seríamos consumidos! (Lm 3.22) As coisas podem dar muito errado quando nosso compromisso com a aliança de Deus é tomado com irresponsabilidade. Muitos crentes hoje sofrem a desilusão de verem seus sonhos se deteriorando e se escusam imputando a culpa sobre Senhor Deus, chegando ao absurdo de dizer que suas vidas refletem um “paradoxo” inerente ao cristianismo, onde não vale muito fazer ou deixar de fazer, porque, afinal, pode dar zebra mesmo assim!
Precisamos relembrar as Palavras do apóstolo Paulo aos Romanos no capítulo 3: “E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem , segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado” (vs 3 e 4, grifo meu ).
Nunca nos esqueçamos, para nosso descanso de alma e bem-aventurança: Deus será sempre fiel!

Rev. Jônatas Abdias de Macedo

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O mundo de hoje: Como palhoça na vinha!


As notícias divulgam a situação, e a coisa não está nada boa! Os fatos são chocantes, mas ninguém se choca!?! As cenas são cada vez mais indecentes, as palavras cada vez mais imorais e os atos cada vez mais insanos... mas ninguém reage, ninguém muda de canal, muda de assunto... muda de vida!

Há algumas semanas veio a notícia: mulher é assaltada diante de policiais dentro de uma delegacia! A explicação do chefe do posto policial local: "Acredito que os ladrões era de cidades vizinhas e, por isso, não sabiam que neste prédio funcionava um posto policial". Irônico ou lacônico? Como assim? O fato de não saber que lá haviam policiais não transformou a realidade de ser um posto policial, cheio de policiais... Mas advinha: ninguém fez nada! E pergunta reflexiva da mulher ainda ecoa: "A quem se queixar? Se agora até dentro da delegacia não estamos seguros e se pode ser assaltado? Reclamo para o bispo?" Interessante que um personagem do imaginário religioso brasileiro fosse levantado, não?!?!?

A partir desta notícia, note que haviam várias outras de cunho semelhante, e que as maldades criminosas vem sendo praticadas em plena luz diurna e ninguém reage, ajuda ou reclama...nada, simplesmente nada! Ficamos apáticos e assim permaneceremos!

Esta semana foi a vez de uma loja de jóias dentro de um shopping. Sem vergonha, mas com capuz (meias finas no rosto, na verdade) em 3 minutos ladrões entraram no shopping, assaltaram e joalheria e saíram. Advinha? Acertou! Nada, ninguém fez nada! Foi tão rápido como qualquer ida ao shopping: entrar, pegar, sair...
Ficamos com a impressão do caos, da anarquia. Ninguém gosta da sensação de desproteção que isto gera, mas este é juntamente o resultado da pretensa liberdade que o homem vem buscando: cada um faz o que quer, do jeito que quer e ninguém tem nada que ver com isso!

Estas e outras situações me lembram um trecho da profecia de Isaías. Não... não é isso! Se você pensou que Isaías previu estas coisas, não era isso que queria dizer! Antes, digo que Isaías viveu situação semelhante à nossa e registou o entendimento que Deus deu a ele da situação e de Sua ação Divina sobre a vida. Me refiro ao capítulo primeiro de seu livro: Isaías 1.7-8. Atente para estas palavras:

"A vossa terra está assolada, as vossas cidades, consumidas pelo fogo; a vossa lavoura os estranhos devoram em vossa presença; e a terra se acha devastada como numa subversão de estranhos. A filha de Sião é deixada como choça na vinha, como palhoça no pepinal, como cidade sitiada".

A choça ou palhoça era uma estrutura rudimentar para proteção contra o sol ou contra o sereno noturno. Era uma cabaninha feita de qualquer coisa mais próxima e era absolutamente descartável, de modo que, quando terminava o trabalho, ninguém se dava ao luxo de retornar à palhoça para desmontá-la. Ela ficava lá, abandonada, caindo, jogada... longe.

Era assim que Isaías, o profeta, via a situação de seu povo e nação: estamos como que escanteados. Inimigos comem nosso alimento na nossa frente, do nosso prato, e nem sequer reagimos - se indignava ele!

Assim nossos tempos me parecem! E ninguém nada faz...

Nem tudo é só desesperança. Note o verso subsequente:

"Se o Senhor dos Exercitos não nos tivesse deixado alguns sobreviventes, já nos teríamos tornada como Sodoma e semelhantes a Gomorra".

A Igreja de Cristo é a sobrevivente... não é?

Alguma voz deveria realmente alçar-se e dizer: ABSURDO! Mas nem isso temos ouvido. Temos ouvido brados de uma vitória que não vence o mundo, e que defende uma fé na fé (1 Jo 5.4). E por mais que isso também faça parte do pacote de absurdos do nosso tempo, ainda há quem queira VIVER neste mundo, sem o menor anseio do porvir! Viver aqui é viver conforme... Mas o texto bíblico é claro: O Senhor nos deixou alguns SOBREVIVENTES!

Esta semana me perguntaram: "E aí, está pronto para ir para a glória?" Mas antes que eu pudesse responder o interlocutor completou: "Mas vamos pedir para que demore um pouco, não..." Quando vi já tinha respondido: "Claro que não! Só se for agora! Que não demore: Maranata! Vem Senhor Jesus..." Como podemos pensar na glória que nos foi proposta em Cristo e ainda assim dizermos: "Não, espere! Aqui está bom e gostoso, quero ficar mais um pouquinho..."(?!?!!?!?!?)
Nada disso! Vem sem demora, oh Senhor! Vem buscar teu povo que por ti anseia! Nenhuma felicidade desta terra é comparável ao porvir... Mas como

1) Não temos certeza de nossa salvação;

2) Não somos bons servos da aliança, e portanto, não temos visto sinais de salvação nos nosso queridos (filhos, amigos e irmãos);

3) Não temos conhecido a glória revelada na Palavra e nos é proposta na Cruz;

4) Não temos o menor interesse nas coisas celestes, mas no prazer transitório e peculiar deste século;

5) Não achamos nada prático aspirar o céu e a companhia de Jesus;

6) Pensamos no céu como algo um pouco melhor que um belo hotel paradisíaco;

De fato, não há mesmo muitas outras formas de expressar nossa frágil fé senão nos conformarmos com este século! Estamos como choça na vinha, como palhoça no pepinal... o que mais nos espera!??

domingo, 18 de abril de 2010

Churrascão da UMP


Um dia muito especial!
Muito esperado!
Finalmente o churrasco da UMP aconteceu. Deus nos abençoou com um delicioso churrasco.
Tivemos o alimento para o corpo, além até do que esperávamos. E também tivemos o alimento espiritual.
Em nosso momento devocional, antes do churrasco, meditamos no texto de Josué 24.1-17. No texto, Deus através de Josué, lembra o povo de Israel que Ele é o Deus que os resgatou do Egito; os fez passar pelo Mar Vermelho a pés enxutos, alimentou e aqueceu o povo durante sua passagem pelo deserto. Deus também nos lembrou que Ele nos salvou através do sacríficio de Jesus Cristo e por meio deste sacrifício, podemos ter paz, alegria e receber os benefícios que Cristo garantiu aos salvos na Cruz.
Foi uma programação muito especial!
Outras virão! E sabemos que da mesma forma que Deus falou conosco, falará novamente e nos ensinará; mantendo-nos firmes e alimentados!
Um abraço!

Aspirante Felipe Quirino
Presidente da UMP-2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

CLASSE DE JOVENS

O que é uma igreja saudável?

A Classe de Jovens da Igreja Presbiteriana de Poá é composta hoje por cerca de 35 matriculados e, a cada domingo, percebemos a disposição desses jovens em vir à casa de Deus para ampliarem seus conhecimentos sobre importantes temas bíblicos.
Atualmente, nosso guia de estudos tem sido o livro “O que é uma Igreja saudável”, de Mark Dever. Obviamente, esses estudos são desenvolvidos numa perspectiva biblicamente orientada.
O nosso coordenador pedagógico é o Rev. Jônatas, pastor de nossa igreja, que sempre está disposto a dirimir algumas dúvidas teológicas que vão surgindo ao longo do curso.
O autor do livro, Mark Dever, é pastor da Igreja Batista de Capitol Hil, em Washington D.C. Além de suas responsabilidades pastorais, é diretor executivo do Ministério 9 Marcas. Dever é casado com Cornie e tem um filho. Atualmente vivem em Washington.
No que respeita aos estudos que foram ministrados em Escola Dominical, até agora, podemos dizer que são temas riquíssimos para nossa classe, haja vista a boa participação dos alunos durante as aulas.
Estamos no 6º capítulo do livro e, até aqui, vimos que para que uma igreja seja saudável é imprescindível que seus membros tenham um correto conceito do que realmente representa ser um cristão. Segundo Dever, “o cristão é, primeiramente, alguém que em Cristo foi reconciliado com Deus. Cristo satisfez a ira de Deus, e o cristão é agora declarado justo diante dEle, chamado a uma vida de retidão, e vive na esperança de um dia estar diante da majestade de Deus, no céu”. (pág. 21)
Outra característica importante que deve identificar uma igreja saudável, é que o cristão precisa ter a clara ideia do que significa, realmente, fazer parte de uma igreja. O autor destaca que igreja “é um povo, não um lugar, nem uma estatística. É um corpo unido a Cristo que é a cabeça. É uma família, unida por adoção por meio de Cristo”. (pág. 33)
Assim, cremos que uma igreja saudável deve ser composta de membros que manifestam em todo o lugar a glória de Deus. Mark Dever, acerca deste assunto, argumenta que uma igreja saudável “é aquela que também é chamada a manifestar, em todo o lugar, a glória de Deus, testemunhando em atos e palavras a grande sabedoria de Deus e a sua obra de salvação”. (pág. 43)
Por fim, em nosso último encontro, estudamos sobre a importância da pregação expositiva, e quais os benefícios deste tipo de sermão para a igreja. Aprendemos que na pregação expositiva: A passagem governa o sermão; O expositor comunica um conceito; O conceito vem do texto; O Conceito é aplicado ao expositor; O conceito é aplicado aos ouvintes. (Tópicos extraídos do livro de Haddon W. Robinson: “Pregação Bíblica: O desenvolvimento e a entrega de sermões expositivos”. São Paulo: Shedd publicações, 2003).
Essas são, grosso modo, as lições aprendidas na classe de jovens neste primeiro trimestre, mas pretendemos, com a graça de Deus, prosseguir nessa jornada tão enriquecedora para nossa vida espiritual.
Aguardamos, ansiosamente, as manhãs de domingo onde, na alegre companhia dos jovens de nossa igreja, damos prosseguimento a essa série de estudos sobre “O que é uma igreja saudável?”
Cremos que a cada Escola Bíblica Dominical, os assuntos abordados vão fechar conceitos bíblicos importantes para que tenhamos uma igreja saudável; de cristãos saudáveis, que manifestem em todo o lugar a saúde espiritual adquirida na palavra de Deus.

Um abraço a todos os meus alunos e alunas.
Prof. Sem. Jair Quirino