quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Um presente do... Universo?





Esta semana li uma frase triste e sem sentido que me chamou a atenção. De fato, no cotidiano muitas são as frases que ouvimos e que carecem de sentido; mas esta, em particular, me chamou a atenção. Num destes Orkut's da vida, uma pessoa afirmava, numa tentativa grotesca de demonstração de carinho, que seu(a) amigo(a) querido(a) era um grande e precioso "presente do Universo". Isto me chocou, devo confessar! Ainda mais pelo fato de que um dia tal pessoa fora cristã, esteve em uma igreja em sua infância e inclusive, já houvera apresentado seus dons musicais em louvor a Deus... Nesta última quarta-feira, na igreja, estudando a Escatologia Bíblica, falamos sobre Apostasia. Apostasia é algo que só dentro da Igreja de Cristo faz sentido, pois significa deixar a fé verdadeira, para abraçar qualquer outra, que por definição é falsa. Como somente a fé cristã é entendida como "fé" na Bíblia, qualquer outra crença que se abrace, além de não ter valor, será danosa. Lembrei-me desta pessoa acima mencionada... Lembrei-me também que nós, seres humanos, não mudamos; muito embora ainda haja quem entenda, até mesmo dentro das igrejas cristãs, que estamos melhorando, evoluindo, mas não, não mudamos! Continuamos extasiados e maravilhados com o que há lá fora. Olhamos para o céu, e com a ajuda de lentes, que tornam nossos olhos impotentes mais aguçados, vislumbramos a imensidão do universo, e diante desta grandeza e grandiosidade, ficamos boquiabertos, praticamente em estado de choque! Ainda é assim, e foi desde sempre. O homem olha para as coisas grandiosas da criação e se maravilha! Busca nelas o poder que vê e percebe, mas que não reconhece nem entende. Se o homem parar para meditar nas coisas que o cerca, ele surta ou adora! Na história temos povos antigos que diante do resplendor do Sol e meditando em seu fulgor, grandeza e calor, viram nele um deus a ser adorado! Hoje o Sol não impressiona, pois, embora continue impressionante, nosso céu está tão cinza de fumaça que ele nem nos parece tão brilhante assim, como parecia a estes do passado. Este é um exemplo apenas, de como o homem sem Deus olha para a criação Dele, vê Seu poder, Seus atributos invisíveis, bem como a Sua divindade, mas não reconhece como Criador! Nos tempos bíblicos também era assim. Hoje nos impressionamos com a engenhosidade humana quando contemplamos gigantescas pirâmides, arranha-céus de grandes alturas, e outras construções. Mas nada do que o homem fez ou fará, já superou ou superará em fascínio a impressão que uma montanha pode causar! Ainda em dias como os nossos, desafiar os montes e alcançar seus picos é um desafio que impulsiona milhares a aventurar-se em jornadas, por vezes insanas, só para, depois de enfrentar inúmeros percalços e chegar lá em cima, satisfeito, descer da montanha... Pois bem, como disse nos tempos bíblicos não era diferente. O que é diferente é apenas a escala, pois continuamos elevando nossos olhos... As pessoas olhavam para os montes, e ante a sua grandeza, se perguntavam extasiados: de onde me virá o socorro? Mas é aqui que o salmista, no Salmo 121 e a pessoa que descrevi acima, diferem! Quando ela (a pessoa) olhou para o universo, como o salmista olhava para a sua montanha, viu nele o doador da dádiva que recebera. Quando o salmista olhou pra cima, viu o monte, e fez sua pergunta, sua resposta foi totalmente outra: "Meu socorro vem do Senhor, criador dos céus e da terra". Ele viu que toda a grandeza que testemunhava era apenas a criação de um Criador infinitamente maior! Pense bem: MAIOR! Se você é um presente do universo, então é resultado de uma ação involuntária de alguma coisa impessoal. Portanto, o universo não deve receber louvor, porque não fez porque quis, nem com sabedoria, nem em amor: foi só uma... digamos... coincidência cósmica. Se alguns dos pequeninos fatores desse errado, não haveria um "presente", mas uma... bomba! [(?) um grande bumm!] Se você é um presente de Deus, então é resultado do plano eterno de um bondoso Criador, que o fez à sua própria imagem, como Deus pessoal que é! Deve receber todo louvor, pois é digno dele, visto que o fez em sabedoria, amor e intencionalmente (Gn. 1.26-27), e ainda: ele é o doador de toda dádiva e todo dom perfeito (Tiago 1.17)! Resumindo: O universo não dá presentes. Ele dá testemunho. Ele testemunha do criador que o fez! O firmamento, diz o salmista em outro lugar, anuncia ser obra das mãos de Deus (salmo 19), e se O reconhecemos, fazemos bem, pois damos louvor a Quem é devido! Se não, estamos numa cegueira tamanha, que mesmo quando desejamos demonstrar nosso apreço, continuamos patéticos. Continue elevando seus olhos. Contemple a grandeza da criação. Fique perplexo diante das coisas que vê, mas não se esqueça: Deus é maior, é o Criador, Te ama, te dá as coisas de que necessita e deseja receber o louvor que lhe é devido daqueles que têm olhos para ver, e ouvidos para ouvir! Deus nos abençoe em toda a riqueza que lhe é própria!




Rev. Jônatas Abdias de Macedo.

3 comentários:

  1. Esse texto faz-nos refletir sobre a grandeza do Criador da terra, do ceu e do Imenso universo.....E se nao for para dar glorias a ELE o Criador dessa imensidao nao veremos as maravilhas que ELE fez com suas proprias maos, o pecado cega a vista de muitos que nao veem a Deus. Como o salmista diz no capitulo 19.1 "Os ceus proclamam a gloria de Deus..." temos que refletir quao pequeninos somos nas maos de Deus e como necessitamos dele

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  2. De fato, Marcela! Não foi o universo que nos deu coisa alguma, mas Deus que nos deu o universo. Ele é um presente de Deus para nós...

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  3. "Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu." Rm. 1:21

    Realmente é difícil entender como a maioria das pessoas se deslumbra com as belas obras, mas não reconhecem Quem as fizeram. Mas, então lembro de que Deus é Soberano sobre todas as coisas, inclusive sobre as pessoas que não O reconhecem como Senhor e Rei de tudo o que há... lembrar disso conforta o meu coração!
    Abs, Carol

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