quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Série: Ética na Igreja Parte 3

1.2 Normas Éticas Universais

[Chegamos a este ponto em nossa cultura ocidental, porque o homem se vê como algo que se originou na impessoalidade, da partícula de energia e mais nada. Somos deixados somente com éticas estatísticas e, neste contexto, simplesmente não há nada que se possa denominar moral propriamente dita. – Francis A. Schaeffer – o Deus que se revela, p’g. 64.]

Platão sustentava que “se não houver absolutos, não haverá moral”.
Schaeffer acrescenta, explicando que “aí está a resposta completa ao dilema de Platão: ele gastou todo o seu tempo tentando encontrar um lugar para fixar seus absolutos, mas ele nunca foi capaz de o fazer, pois seus deuses não eram suficientes. Mas temos o Deus pessoal infinito, que tem o caráter do qual todo o mal é excluído, e o seu caráter é o absoluto moral do universo” ( o Deus que se revela, pág. 71.)
Imagine que você está em um rio, e cada um de seus pés está em uma canoa diferente. Quanto tempo você supões que permanecerá de pé enquanto desce correnteza à baixo? Perguntinha capciosa? Na verdade não! Quanto tempo um sistema pode permanecer em pé, se suas bases não têm alicerces firmes? A resposta é: até que seja desafiado. Você pode permanecer em pé naquela situação do rio por muito tempo, mas basta que a correnteza desafie seu equilíbrio, ou então que sejas empurrado suavemente pelo remanso que qualquer ondulação na água será ameaça suficiente para te fazer cair... Assim são sistemas éticos cujas bases não múltiplas, antagônicas entre si, mas que têm permanecido de pé: precisam sofrer o desafio e ser derrubados!
Pense um instante: se a norma ética é variável na ordem das variáveis de situações, questões morais pessoais, costumes locais, hábitos, etc; ela não é praticável, e qualquer afirmação de que este ou aquele comportamento seja preferível carece de força persuasiva, pois não há base sobre a qual fazer esta afirmação. Para tanto, haveria de ter uma base sólida e universal. Schaeffer resume esta questão assim: “Deixados neste ponto, poderemos falar do que seja anti-social, ou daquilo que a sociedade não aprecia, ou mesmo do que não aprecio, mas jamais poderemos nos referir a algo eu seja definitivamente certou ou definitivamente errado”.
Entretanto, vivemos um dilema esquisito: vivemos rodeados de gurus televisivos que insistem em afirmar que não há uma base única universal, e que portanto, cada um faz sua regra; ao passo que todos nós contamos com comportamentos padrões, enraizados em nossa constituição humana, sobre cuja a base ouve-se também a afirmação do “senso comum”. “Estou falando do fato de que os seres humanos sempre sentiram que há uma diferença entre o certo e o errado. Todos os seres humanos têm senso moral. Em tempo algum você encontrará um único homem sem sinal disto”, afirma, mais uma vez, Francis Schaeffer...
A sociedade já sente tremores que levarão à terrível queda, porque ignora a norma ética universal. E há? Na verdade, há sim! A Bíblia, também conhecida como a Palavra de Deus, é a norma ética universal, sobre a qual qualquer povo e nação, e pessoas de que cultura forem, podem buscar uma regra segura de conduta.


Rev. Jônatas Abdias de Macedo

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