sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Mas antes... vejam só!

Na tarde de ontem fui supreendido com um convite para participar do programa da RIT chamado "Vejam só!"

Visto como uma oportunidade de divulgar a verdade da Palavra de Deus, aceitei o convite.

Mas televisão é isso, não: muitos assuntos, pouco tempo. Embora tudo tenha corrido em bom clima e o debate tenha sido sadio, gostaria de compartilhar um pouco do que aprendi sobre o precioso texto debatido.
O convite era para responder a uma pergunta: "já estamos vivendo a era de Apocalipse 6.8?" Aqui não pret
endo me ater ao tema e responder a pergunta. Isso foi feito no programa. Mas compartilhar o texto apocalíptico que muito enche de esperança nosso coração crente. Espero que a minúcias do texto sirvam para elucidá-lo. Rogo a Deus que a quantidade de detalhes exegéticos e provas textuais não tolde a glória da revelação bíblica.

Antes de entrar propriamente no texto, é bom lembrar que a Escritura sagrada não nos foi dada para saciar nossa curiosidade. Antes é a revelação graciosa de um Deus bondoso que quis se fazer conhecido ao seu povo. Nela, Ele revela Seus planos e propósitos para que nossa fé encontre fundamento e nossa esperança encontra sustentação.

Assim é o livro de Apocalipse, um livro de esperança e consolo em meio à provação!

João, o escritor do livro, com seu estilho peculiar, endereça sua obra a uma igreja perseguida e sofrida pela dor e provação. Nesta época de grande perseguição civil e religiosa, que causava grande dor aos cristãos, João oferece um livro cujo propósito é confortar a Igreja militante nas lutas contra as forças do mal. O tema é a vitória de Cristo e de sua Igreja sobre o dragão (Satanás – a antiga serpente) e seus seguidores. Este tema é de grande consolo para o crente, porque é aqui que ele aprende que em Cristo ele é mais que vencedor (Ap 8.37).

Uma interpretação sadia do livro deve ter seu ponto de partida na posição de que o livro foi escrito à primeira vista para os contemporâneos de João. Isto equivale a dizer que o livro é a resposta de Deus às orações e lágrimas dos cristãos severamente perseguidos e espalhados pelas cidades da Ásia Menor.


Quase nada das linhas que você lê não pode ser encontrado em bons comentário e Bíblias de estudo. Não os citaremos aqui por uma questão de espaço, mas sabemos se sua existência e importância, de quem somos devedores de muitas ideias. Continuando...
As visões dos selos estão na segunda seção divisória natural do livro. Ele é divido em grandes seções somando um total de sete.

À partir do capítulo 4, João é convidado para, diante da visão do trono, observar de cima os acontecimentos que lhe serão revelados. O ângulo pelo qual João está observando os fatos não é inicialmente o melhor . É o ângulo humano, que observa segundo seus próprios parâmetros.

João é convidado a observar os acontecimentos do ângulo do Trono. Lá ele encontra uma riqueza de figuras que apontam para a majestade do Trono que governa tudo e todos. A partir daí os capítulos descrevem o universo todo da perspectiva do céu. O propósito dessa visão é nos mostrar, com maravilhoso simbolismo, que todas as coisas são governadas pelo Senhor em seu trono. As “todas as coisas” devem incluir nossos necessariamente provações e tribulações. Esse é o ponto! A segurança proveniente desta verdade deve dar conforto ao crente em meio a ferozes provações. É por isso que a visão do universo governado pelo Trono precede a descrição simbólica das provações pelas quais a Igreja deve passar, descritas no capítulo 6 a partir do segundo selo. Observe que bela organização João nos oferece!

A abertura dos selos:

Falando especificamente de Apocalipse 6.8, essas calamidades caracterizam um período indefinido anterior à segunda vinda. Até aqui não há novidade, pois em seu ministério Jesus já havia dito, conforme registra Marcos 13.6-8, que seria assim. A mensagem de João ao descrevê-los é alertar as sete igreja quando ao depositar sua confiança na paz e prosperidades supostamente alcançadas pelos governos terrenos. Antes, tal confiança alcança plena habitação em Deus e em Suas promessas de um novo mundo. No contexto, João chora copiosamente em angústia e ansiedade diante do fato de não haver quem possa abrir os selos e dar prosseguimento à execução dos planos do Altíssimo. As lágrimas de João são estrategicamente mencionadas aqui porque a esperança e alegrias renascentes que a aparição do “Cordeiro como tendo sido morto” causa é o próprio efeito final que a consumação do século e o dia de glória tratá (Ap 5.4-6; Cf Ap 7.17); contudo, a mensagem de esperança é que este benefício pode ser experimentado antes do dia final e durante a manifestação dos efeitos da abertura dos selos (tribulações, guerras, fomes e morte). O Cordeiro tinha o poder e a plenitude do Espírito necessários para abrir os selos, e ele o faz com toda a autoridade que lhe é dada. Os selos são julgamentos que representam a mão punitiva de Deus sobre um mundo rebelde.

Sua cor, amarelo esverdeado, indicativo da palidez e feiúra da morte, se deve justamente à sua missão e ao seu cavaleiro. O cavaleiro, a Morte, trará grandes males. Sua autoridade para fazer este estrago é, primeiramente uma concessão. Não se pode fazer qualquer coisa a qualquer um, mas simplesmente matar somente a quarta parte da terra, ou seja, ela tem função específica com limites bem delineados! Estranhamente a palavra que lemos aqui não é assassinar, mas matar. diferente do verso 4, que a palavra é assassinar. Outra coisa importante de notar é a arma da morte. Ela é diferente da arma do cavaleiro vermelho. Sua espada é maior e pesada, diferente da leve e cirúrgica espada romana, que todo cristão perseguido conhecia bem. Esta última espada, chamada de Machaira é a que João escreve no verso 4, e a outra espada, a Romphaia, é a arma deste lúgubre cavaleiro.

Também neste selo, além da espada (guerra), a fome, a peste (mortandade) e bestas-feras são mencionadas como seus instrumentos de assassínio. João revela que as vicissitudes e tristezas típicas da vida, num mundo caído, a que todos os habitantes da terra estão sujeitos, também alcançarão os crentes. Embora eles sejam duramente perseguidos, não haverá alívio das contingências daqueles que habitam um este mundo rebelde contra Deus.

Entretanto, a vida de paz lhes sobrevém sabendo que, primeiro, quem abre este selo e controla as ações da morte é ninguém menos que o Cordeiro. E a abertura do selo, o quarto de sete, é um sinal que aponta para o cumprimento final dos propósitos redentores de Deus. Estes acontecimentos estão no seu plano e não são forças incontroláveis, antes elementos que certificam o crente que se estas evidências estão presentes, então isto significa que Deus está a operar Seu querer e Seu bom plano no mundo rumo ao sétimo selo, a redenção final e gloriosa!

A mensagem de consolo de João é também um aviso: O crente não será isento de sofrimento, mas nele experimentará salvação. E mesmo estando sujeito a tais coisas, terríveis sim, primeiro: não são eternas, segundo: estão debaixo do poder e autoridades do Cordeiro, terceiro: não nos deve pegar de surpresa, quarto: aponta e certifica que Cristo está voltando.

Quando virmos tais coisas ao nosso redor, não nos maravilhemos como se coisa extraordinária houvesse, mas nos regozijemos com a maravilhosa mensagem de João: Está próximo o dia da sua redenção! Suporte com resiliência a provação, para que, depois de tendes vencido tudo, permanecer inabalável.

Deus te abençoe!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Nova série de postagens


Por mais que os tempos clamem por assuntos políticos, aqui resistiremos bravamente contra esta tendência, uma vez que já temos tido bastante orientação deste tipo de vários canais, inclusive em nossas reuniões.
Aqui, como sugerido, vamos abordar outra questão, que se não é tão urgente quanto, é mais: músicas evangélicas e suas letras.
Sei que o assunto é polêmico, e como bem dissemos: por isso é importante! Continuará a ser polêmico se não tratarmos de maneira séria e bem fundamentada. A menos que saibamos o que a Palavra de Deus tem a dizer, como nos posicionaremos frente aos assuntos polêmicos? Ele não sumirão ou se resolverão se não os enfrentarmos...
Para nos preparar para tratar destes assuntos, compartilho uma pérola que um amigo me mandou. Está traduzida do inglês e é bem interessante. Acompanham meus comentários. Uma adaptação final será preciso para acomodar-se à realidade brasileira. Segue abaixo:
"Os Solas da igreja Moderna"

1. Sola Cultura A Cultura define a pregação bíblica. Os púlpitos se tornaram reféns da platéia. A voz profética calou-se para coçar os ouvidos secularizados dos ouvintes. O evangelho é domesticado para atender às expectativas culturais do povo.

2. Sola SuccessaSucesso numérico sempre determina a verdade e o contentamento. O sucesso não é medido pela nível de pureza e fidelidade Às EScrituras, mas pela quantidade de cabeças presentes a uma reunião, ou pela quantidade de nomes escritos numa lista de colaboradores financeiros. Sucesso se torna o alvo da Igreja, e não alcançar vidas com o poder transformador do evangelho.

3. Sola EntertainaRir é o melhor remédio. A doutrina precisa sair. Entretenimento é o que define a igreja, em sua missão e ação. Entretenimento passa a ser o alvo e a proposta da Igreja. Se foi bom, divertido e me senti bem, diz o participante, então a Igreja é boa! Alegria, Alegria, grita o pregador, não mais fé e arrependimento.

4. Sola MeoVenha ao encontro das minhas necessidades. Como um moto modernos, necessidades supridas é o clamor das gentes, e a Igreja moderna busca atendê-las. O "eu" é exaltado, é a preocupação principal e primeira da Igreja. A possibilidade de ofensa ao "ego" (eu em grego) inspira cuidados. A religião é centrada no homem e em suas necessidades sentidas, e não exatamente as reais.

5. Sola EmotionalaEmocionante, amigos e amigas! Sensacionalismos e emocionalismos desmedidos são proclamados como espiritualidade profunda. Pregações chorosas e com voz embargada, de conteúdo raso e que apela tão somente às emoções. Não é um apelo à emoção que decorre da descoberta de verdades que enchem a alma, mas produzida por frases de efeitos e fundos musicais melódicos que conduzem ao choro e expressões românticas sem efeito durarouro.

6. Sola StupidaPensar não é permitido. Sem credos/Confissões, liturgias, doutrina, hinos ou referencial histórico qualquer. Qualquer expressão de ordem é entendida com falta de espiritualidade. o moto é: a letra mata e o espírito vivifica. Significados e estudos profundos nas Escrituras Sagradas são repudiados e qualquer indicação de liturgia é entendida como engessar da ação do Espírito, como se tal fosse possível. A falta de conhecimento é exaltada como liberdade e a ignorância como expressão de leveza e tranquilidade. Não conhecer e continuar sem conhecer não causa incômodo, pelo contrário, é bem vista e até desejável.

7. Sola Apostola--O apóstolo é o cara! No final, a glória fica nos bolsos humanos. Um homem é considerado como "o cara", isto é, como a pessoa mais isto ou aquilo. Homens são admirados e honrados, mas da maneira errada. Não como servos fiéis a Deus, mas como deuses menores que controlam as benesses do Deus dos céus. O pastor (ou equivalente) é visto como o fim e o líder maior da Igreja. Seus erros não são criticados e sua postura está sempre certa, seja qual for.

Queridos, estas linhas acima em alguma medida definem nosso tempo. As músicas que vamos estudar aqui são de alguma forma reflexo disso. Cremos que a música na Igreja não é um problema, mas evidencia este!
Busquemos fidelidade à Palavra de Deus, segundo a qual todos nós um dia seremos julgados!